O julgamento dos acusados pela morte do funcionário da Prefeitura de Boa Esperança do Sul, João Luiz Amaral, será realizado na 1ª vara Criminal do Fórum da cidade de Jaú, nesta quarta-feira (2). João morreu no dia 20 de outubro de 2017, depois de ficar cinco dias na UTI de um hospital de Jaú, após ser espancado por dois amigos dele durante um desentendimento.
Na época, a Polícia Civil pediu a prisão dos suspeitos, mas eles seguiram em liberdade até agora.
Relembre o caso
O crime foi cometido no domingo 15 de outubro, de 2017, quando Amaral teria se desentendido com dois amigos por ter sido deixado para trás quando comprava bebida e itens de churrasco. Ele estava com várias pessoas no Rio Jacaré Guaçu, em Bocaina, e voltou em seu carro para Boa Esperança do Sul com um dos amigos para fazer compras, mas o rapaz teria retornado com o carro para Bocaina sem Amaral.
Em seguida, Amaral foi até a sua casa, pegou sua motocicleta e foi atrás do veículo. Ele encontrou o rapaz na estrada, que também estava com um rapaz e duas mulheres.De acordo com relato da Polícia Civil na época, houve uma discussão entre eles e Amaral foi agredido pelos dois homens com socos e chutes. Desacordado, ele ainda foi golpeado com um capacete na cabeça.
Acreditando que ele estivesse morto, eles cobriram seu corpo com folhas, mas ele foi encontrado por uma pessoa que passava pelo local e chamou a polícia. Na sequência, os suspeitos fugiram com o carro e a moto de Amaral.
A vítima foi levada para um hospital de Jaú, onde ficou internada por cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e acabou falecendo no dia 20 de outubro.
Suspeitos
Um dos suspeitos foi para Boa Esperança do Sul com o carro de Amaral. Mais tarde, ele ligou para a polícia, dizendo que tinha ocorrido a briga, mas que não tinha participado, indicando a localização do carro.
O outro suspeito tentou fugir com a moto, mas caiu nas proximidades do local do crime. Quando a polícia o encontrou, ele disse que teria apanhado e, por isso, pegou a moto para fugir.
Os suspeitos e as duas mulheres foram ouvidos na delegacia de Boa Esperança do Sul e foram liberados. Com base nos depoimentos, ficou comprovada a participação dos dois amigos de Amaral no homicídio.
A Polícia Civil pediu a prisão dos suspeitos, porém, eles seguiram em liberdade aguardando o julgamento que ocorre nesta quarta-feira (2).
Família espera por justiça
Amaral trabalhava na prefeitura de Boa Esperança do Sul, onde era motorista da área de Saúde, responsável por levar pacientes para consultas e atendimentos em outras cidades, desde 2001.
A esposa da vítima, Catarina Xavier Ruas, falou à reportagem de O Imparcial sobre a angústia da espera por justiça. “Os acusados nunca foram presos pelo crime. Desde o início das investigações, a juíza que cuidava do caso indeferiu o pedido de prisão dos acusados e eles seguiram em liberdade. Depois de quase 7 anos dessa longa espera, eu espero que hoje a justiça seja feita”, relatou a viúva da vítima.
Foto: Arquivo Pessoal