O Daae, por meio da Diretoria de Gestão Ambiental (DGA), deu início a uma série de trilhas ecológicas, que serão desenvolvidas no córrego do Tanquinho, situado na zona norte do município, com a Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Drª Ruth Villaça Correia Leite Cardoso”, no Jardim Maria Luíza.
No último dia 12 de novembro, vinte e quatro alunos da quarta série A foram os primeiros a participaram de uma Trilha Ecológica, desenvolvida na Área de Preservação Permanente (APP) do córrego, que é um dos principais afluentes do ribeirão das Cruzes, que contribui diretamente com o abastecimento de água superficial da cidade.
O objetivo da atividade foi sensibilizar os alunos por meio da explicação dos serviços ecossistêmicos (controle do clima, ciclagem de nutrientes, conservação do solo, prevenção de erosões e assoreamentos, conservação dos recursos hídricos, fornecimento de alimento para os homens e animais, entre outros) prestados pelas APPs, sobre a importância da preservação ambiental para o desenvolvimento das presentes e futuras gerações.
Os alunos observaram a enorme biodiversidade de árvores frutíferas (mangueiras, cajueiros, abacateiros, goiabeiras e bananeiras) e de animais (borboletas, cigarras e pássaros) que existem no local e puderam compreender como acontecem as delicadas relações ecológicas. Portanto, quando ocorrem intervenções humanas como queimadas, supressão de árvores, descarte irregular de lixo e alterações do solo, desencadeia-se o desequilíbrio ecológico, comprometendo a biodiversidade do local e a qualidade de vida da população.
“Durante a trilha, os alunos presenciaram um momento raro, a ecdise, troca do exoesqueleto de uma cigarra, nesse momento os alunos ficaram encantados, e aprenderam que os insetos trocam de esqueleto para crescer”, disse Valter Iost, coordenador da Unidade de Educação Ambiental. Iost aproveitou para mostrar locais com descarte irregular de lixo e explicou que essa atitude pode gerar uma epidemia de dengue. Resíduos recicláveis (potes, caixa de leite, garrafas de vidro, papelão e garrafinhas plásticas) devem ser encaminhados para coleta seletiva e o entulho para o bolsão que existe no bairro.
“Outro fato triste que marcou a visita foi a grande quantidade de resíduos sólidos encontrada no córrego, o que mostra, que algumas pessoas ainda não compreendem que o lixo não pode ser jogado na rua e, que existem formas corretas de destiná-los”, lamentou. As trilhas ecológicas com os alunos dos 4ºB, 5ºA e 5ºB terão continuidade até o final de novembro.