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Aniversário de Araraquara: Confira a história da Morada do Sol contada pelo historiador Hamilton Mendes

Hamilton Mendes/Colaboração

A origem da palavra

De acordo com o significado das palavras no dialeto tupi, Ára (dia,claridade,luz), Coara(buraco ou cova), Aracoara ou Araraquara, é o lugar onde nasce (pela manhã), ou se recolhe  (ao findar da tarde) o sol. Ou seja: é a Morada do Sol.

O começo de tudo

Tudo começou por volta de 1600. Naqueles tempos, São Paulo era uma província pobre. A lavoura açucareira, base e fundamento de seu progresso estava em declínio, suplantada pelas plantações de cana do norte e nordeste, cujas terras levavam vantagem em relação as nossas do litoral. Além disso, Bahia e Pernambuco ficavam a uma distância muito menor de Lisboa, com a viagem consumindo cerca de 30 dias a menos de navegação. Moral da história: Enquanto no Nordeste açucareiro respirava-se lusitanidade, em São Paulo vivia-se em um regime de completo abandono por parte da Coroa.

O tratamento diferenciado deu aos paulistas certa independência de atitudes. Nada existe nos arquivos da Câmara Planaltina quanto a importantes acontecimentos daqueles períodos. Acontece a tragédia de D. Sebastião, nada; morre D. Henrique, e nem uma só linha de registro; Felipe apanha a Coroa, e a Câmara permanece calada.

Bandeirantes

O povo paulista já naquela época, dava mostras de seu espírito insubmisso, e cansados de esperar, foram à luta.

Logo, o inexplorado interior de São Paulo começava a receber, aos montes, pousadas e trilhas abertas pelos destemidos bandeirantes paulistas.

Enquanto uns iam ficando pelas pousadas, iniciando assim muitas das cidades do interior bandeirante, outros seguiam em frente e foram desbravando o Brasil.

A iniciativa do povo de São Paulo atraiu novos aventureiros de outras regiões. Gente como a nossa disposta a ir à luta e buscar uma nova vida sem nada esperar da Corte portuguesa. E foi com um desses homens que teve início nossa história.

Por volta de 1790, Pedro José Neto, nascido em Nossa Senhora de Inhomerim, Bispado do Rio de Janeiro, e sua esposa Ignacia Maria Rosa, nascida em Nossa Senhora do Pilar, também Bispado do Rio de Janeiro, embrenharam-se nas matas fugindo do degredo na Vila da Constituição, hoje Piracicaba.

A punição teria ocorrido em razão de Pedro José Neto ter esbofeteado o Capitão Mor de Itu, cidade onde pretendia se instalar definitivamente.

Caminhando pelas matas, o casal chegou até onde hoje está a cidade de São Carlos. Andando mais um pouco se depararam com os planos Campos de Araraquara. Gostaram, e ficaram.

Capela e pedido de desmembramento

Aqui, em 1805, Pedro José Neto e seus filhos construíram uma Capela de palha e logo pediram que fosse “…erecta em Freguezia desmembrada de Constituição”. A justificativa era a distância e os perigos que um padre teria que enfrentar para chegar até aqui.

Alguns anos depois, finalmente, um religioso, o Padre Malachias, é designado para cá e começa a dar os sacramentos antes mesmo de regularizada a situação do povoado.

Em seguida, graças a doação verbal de “400 braças em quadra” por parte do Padre Joaquim Duarte Novaes, é criada em 22 de agosto de 1817, por Alvará do Rei D. João V, Resolução Nº.32 do Reino, a “Freguezia de São Bento de Araraquara”.

O documento diz o seguinte:

“Nº32=Reino=Resolução de Consulta da Mesa de Consciência e Ordem de 22 de agosto de 1817. Crea uma Freguezia, no Bairro de Araraquara, da Comarca de Itu, Bispado de São Paulo”.

Estava criada a Freguezia de São Bento de Araraquara. Por aqui, o Padre Manoel Malachias, já dava os sacramentos antes mesmo de sua criação, aos moradores do lugar.

Morte de Pedro José Neto

Passados pouco menos de 3 meses de sua maior vitória, o fundador de Araraquara falece vítima de um coice de mula. A pequena Araraquara, no entanto, começa a se organizar, chegam novos moradores, uma nova Capela, agora de tijolos é construída no lugar daquela de palha, e em 29 de dezembro de 1827, Araraquara pede um professor ao Presidente da Província.

Influência política

Quatro anos depois, D.Pedro-I abdica ao trono do Brasil e é criada às pressas, no Rio de Janeiro, uma Regência Trina Provisória para governar em nome do novo imperador, Pedro-II, então com apenas 5 anos de idade.

Um dos membros da Regência era o Sr. Nicolau de Campos Vergueiro, proprietário de Sesmaria na região de Araraquara. Interessado no desenvolvimento da região, o Sr. Nicolau empenhou-se na elevação da pequena Freguesia de São Bento, a condição de Vila. Araraquara ainda engatinhava, mas tinha alguém influente no governo central.

Enterrados na Matriz

Nos primeiros tempos de Araraquara, os enterros eram feitos na Igreja Matriz que, para tal fim, tinham parte de seu piso retirado onde se abriam as covas.

Os mais ilustres da época, como Pedro José Neto, por exemplo, foram enterrados em baixo do altar. Em 1º de outubro de 1828, simultaneamente com Portugal, o governo aprovou uma lei proibindo a pratica e ordenando a todas as Freguesias, Vilas e Cidades que construíssem, sem demora, cemitérios para esses fins.

Em Araraquara, os moradores do período protestaram com veemência contra a lei que obrigava o enterro seus entes queridos no cemitério, ainda por se construir, em detrimento do solo sagrado da igreja. Um dos principais argumentos utilizados pelos araraquarenses de então, era que “…um Cristão não pode ser enterrado como Cains…”.

Finalmente, 22 anos depois da ordem expedida, Araraquara construiu seu primeiro cemitério.

A formação da cidade

Pelo decreto Regencial de 10 de julho de 1832, várias Freguesias foram erigidas na Província de São Paulo. No mesmo documento, a Regência, em nome do Imperador Pedro-II, pelo Artigo-1º da Resolução da Assembléia Geral Legislativa, tomada sobre outra do Conselho fiscal da Província de São Paulo, determinou que “Ficam erectas em Villas as Freguezias de Santo Amaro…; de São João do Capivary de Porto Feliz; de São Bento de Araraquara, do termo da Villa da Constituição”.

Elevada à condição de Vila, procedeu-se a um período de regulamentação das divisas de Araraquara com Constituição.

Posse da 1ª Câmara Municipal

Finalmente, em 24 de agosto de 1833, na casa do Capitão Manuel Joaquim Pinto de Arruda, com a presença do Presidente da Câmara da Vila da Constituição, foi lido o Decreto da Regência que criava a “Villa de São Bento de Araraquara”.

Leu-se, também, um ofício do Presidente da Província de São Paulo e, finalmente procedeu-se ao juramento e posse dos vereadores que compuseram a 1º Câmara Municipal de Araraquara. O 1º Presidente da Casa foi o Sr. Carlos de Arruda Botelho, que era casado com Dona Cândida, proprietário da Sesmaria do Pinhal, que fazia parte de Araraquara, e onde mais tarde nasceu São Carlos, e pai do Conde do Pinhal, político ativo naquela cidade e Presidente da Câmara de Araraquara entre os anos de 1857-1860.

Um dos primeiros atos dos vereadores locais foi a criação da Guarda Nacional de Araraquara, de acordo com ordem emanada pelo Presidente da Província de São Paulo em ofício datado de 2 de julho de 1833.

A coisa era séria!

As sessões da Câmara Municipal de Araraquara começaram a ser realizadas em agosto de 1833. E a coisa era séria. Embora não recebessem salário, os vereadores que faltassem as reuniões da Casa sem motivo justificado eram multados. A regra valia também para os eleitores do período. Durante a eleição “Parochial da Villa de São Bento de Araraquara”, realizada em 7 de setembro de 1836, compareceram 124 pessoas, com 32 abstenções. Todos os cidadãos faltosos foram multados de 10 mil réis cada um.

1ª escola e recrutas acorrentados

Durante 42 anos foi usual a prática de se efetuar os pagamentos da municipalidade mediante Mandados assinados por todos os vereadores. As autoridades, no entanto, sofriam com a falta de recursos para honrarem os compromissos da pequena Vila e era comum os mesmos pagarem os mesmos com recursos do próprio bolso. Ainda assim os vereadores se esforçavam na formação de Araraquara e nossa 1ª escola abriu suas portas no dia 18 de setembro de 1837, com 13 alunos em sala de aula.

No período, era comum os prisioneiros locais serem enviados acorrentados e a pé para cumprirem pena na Vila da Constituição. Junto com eles, também acorrentados, seguiam os jovens locais recrutados a força para servirem na Guarda Nacional.

Crise e Araraquara na guerra

Em reação a ação brasileira no Uruguai, o ditador paraguaio Solano Lopes, em 11 de novembro de 1864, aprisionou o vapor brasileiro Marquês de Olinda, que tinha a bordo o Presidente da Província do Mato Grosso. Pouco depois, Solano Lopes ordena a invasão do Mato Grosso por tropas paraguaias.

A indignação no Brasil foi imediata, é promulgada a lei de criação dos Corpos de Voluntários da Pátria e estoura a Guerra do Paraguai. Em Araraquara se procediam entusiasmadas manifestações de patriotismo, havendo grande movimentação das autoridades e do povo no sentido de se formar um contingente de jovens araraquarenses para servir a Pátria. Araraquara mandou 32 jovens para os campos de batalha, pouco mais da metade deles retornou com vida. O detalhe a ser registrado é que daqui não partiram escravos para Guerra, todos os voluntários eram de famílias conhecidas na comunidade.

Estrada de Ferro

Pelo Decreto Nº.7.828 de 4 de outubro de 1880, foi feita a concessão para a construção de uma estrada férrea de Rio Claro a Araraquara ao engenheiro Dr. Adolpho Augusto Pinto, que mais tarde transferiu seus direitos ao Conde do Pinhal, que organizou a Companhia Rio Claro de Estradas de Ferro e construiu a estrada até São Carlos.

Em seguida, o conde veio até Araraquara onde se reuniu com ilustres locais e negociou ações da empresa no valor de 600 contos, com a promessa de trazer a estrada até nossa cidade.

Nasce o Clube Araraquarense

 No ano de 1882 um grupo de notáveis da cidade se reuniu e resolveu criar um espaço para danças e jogos na cidade.

Nascia o Clube Araraquarense. Seu 1º prédio custou 20 contos de réis e foi inaugurado em 1885.

Em 18 de setembro de 1885, com muita festa, inaugurou-se o tráfego provisório do prolongamento da estrada de ferro entre São Carlos do Pinhal e Araraquara. A ferrovia chegava por aqui.

Visita de D. Pedro II

No dia 6 de novembro de 1886, Araraquara recebia a visita de D. Pedro-II. O imperador andou pela cidade, fez doações, almoçou na casa do Dr. Margarido da Silva, e explicou aos araraquarenses da época sobre o real significado da palavra Araraquara. Dois anos depois, em 13 de maio de 1888, pela lei Nº.3.353, a Princesa Isabel, que substituía interinamente o imperador D. Pedro-II, assinou a “Lei Áurea” que decretou o fim da escravatura no país.

Cidade de Araraquara

Pouco menos de um ano depois, em 6 de fevereiro de 1889, por intermédio de um decreto da Assembleia Legislativa Provincial assinado pelo Presidente da Província, a Vila de são Bento de Araraquara foi elevada à categoria de cidade.

A instalação oficial da “Cidade de Araraquara” se deu em 23 de fevereiro de 1889, em Sessão extraordinária da Câmara Municipal local.

Nove meses depois, em 15 de novembro, foi proclamada a República no Brasil e D. Pedro-II, juntamente com toda a família Real e seus auxiliares foram expulsos do país. Em 25 de janeiro de 1891 encerra-se o período do Governo Provisório e o Marechal Deodoro da Fonseca assume com 1º Presidente da República do Brasil. Meses depois, em meio a uma grande crise, Deodoro renunciou e entregou o poder ao Vice-Presidente Floriano Peixoto.

Tragédia dos Britos

Os dois líderes políticos em Araraquara na época eram o Cel. Antonio Joaquim de Carvalho, Republicano, e o Coronel Joaquim Duarte Pinto Ferraz, Monarquista. Foi a partir de um conflito entre as duas facções que aconteceu a tragédia do linchamento dos Britos, acontecida na noite do dia em que foi rezada a missa de 7º dia da morte do Ce. Antonio Joaquim de Carvalho, assassinado a tiros de garrucha por Rosendo de Brito.

EFA

No ano de 1896, por iniciativa de Carlos Baptista Magalhães, formou-se uma pequena empresa que mais tarde viria a ser a Cia. Estrada de Ferro Araraquara (EFA).

Dois anos mais tarde foi criado o Grupo Teatral do “Circolo Italiano” de Araraquara, sendo seus fundadores os senhores Henrique Lupo, João Lupo, Bonetti, Zerbini, Paulo Alimonda e Vicente Abramo, pai da atriz Lélia Abramo e do artista Lívio Abramo.

Em 1901, a população de Araraquara era de 28.900 habitantes, com aproximadamente 4 mil residentes no Núcleo urbano.

Uma nova cidade

No ano de 1902 era fundada a Santa Casa de Misericórdia de Araraquara. Na época, a arte fotográfica no município, trazida por imigrantes, sobretudo italianos, tinha uma técnica que produzia fotos no estilo cartão postal no tamanho 6X5 montados em uma espécie de papel cartão um pouco maior que as fotos, normalmente feitas para presentear alguém.

Em 2 de março de 1907 foi autorizada a abertura de concorrência para a iluminação elétrica de Araraquara. Em 21 de agosto do mesmo ano a Câmara aceitou a proposta recebida para fornecimento de luz elétrica para a Praça da Matriz.

Já em 1º de julho de 1909 decidiu-se pela ampliação dos serviços de calçamento dos passeios públicos para todo o centro da cidade. Também na época foi criada a “Empresa de Electricidade de Araraquara” que foi a responsável pela iluminação elétrica da cidade.

Banco de Araraquara

No ano de 1911 foi fundado o Banco de Araraquara, que foi um dos grandes responsáveis pelos investimentos que fomentaram o comércio e a lavoura locais. Coube também ao Bando de Araraquara grande parcela de participação na construção da nova cidade que se construía.

Nasce o Tiro de Guerra (Linha de Tiro)

Em 10 de setembro de 1911 resolve-se criar a Linha de Tiro Cívica de Araraquara, hoje Tiro de Guerra. A Linha entra em atividade no início de outubro. Também em 1911, em reunião realizada na sede do Clube araraquarense no mês de novembro, é formada a Sociedade Anônima Teatro Municipal.

Teatro e reforma do atual prédio do museu

As obras para a construção da casa de espetáculos se iniciam já no princípio de 1912. Já em 27 de junho de 1912, a Câmara Municipal expediu ofício a Prefeitura autorizando a reforma do prédio onde funcionava a cadeia local para adaptá-lo de forma a que pudesse receber as instalações da Câmara Municipal. Trata-se do mesmo prédio onde hoje se encontra o Museu Voluntários da Pátria.

Grandes obras

Em 18 de agosto de 1914 ano é fundada a Beneficência Portuguesa. No ano de 1915, a população exigia a construção de um mercado. Em fevereiro do mesmo ano é inaugurado o prédio onde hoje funciona a Casa da Cultura, com a abertura do Araraquara College no local.

É também em 1915 que se dá a inauguração do Teatro Municipal de Araraquara, que foi construído no mesmo lugar onde hoje está o prédio da Prefeitura. A beleza de suas formas, suas luminárias, salas e gabinetes eram deslumbrantes. Sua inauguração foi um caso à parte da história de Araraquara. A cidade mudava rápido.

Linha de Tiro é incorporada pelo Exército

Em outubro de 1917 a Linha de Tiro Cívica de Araraquara foi incorporada ao exército e recebe a designação numérica 610, passando a se chamar Linha de Tiro nº. 610. Começa o Serviço Militar obrigatório em Araraquara. Aqui, no entanto, eram realizados os sorteios que determinavam quem iria prestar o exército, porém, o jovem sorteado fazia o serviço em quartéis de fora. 1917 marca também a realização da 1º Feira Livre realizada no município, e ela se dava na Praça Municipal. Em 1918 é inaugurado o Hotel Municipal.

Escola de Artes e Ofícios e bitola larga

Em 1º de agosto de 1920 é criado em Araraquara, por iniciativa do vereador Francisco Vaz Filho, o “Posto Zootechinico Municipal”. Um ano depois, é criada pela Câmara Municipal a Escola Normal de Artes e Ofícios que concedia diplomas de professores em diversas áreas técnicas, gerando empregos no município.

Em 1922 a Câmara autorizou despesa para propaganda da cidade em jornal da capital divulgando a inauguração da bitola larga da Cia. Paulista por aqui. No mesmo ano estoura a 1ª rebelião Tenentista no rio de Janeiro.

Prêmio, dinheiro para o Tiro e cidade invadida

Em Sessão da Câmara Municipal realizada em 1º de julho de 1923 foi instituído o prêmio Plínio de Carvalho e Bento de Abreu Sampaio Vidal aos alunos da escola de Farmácia e Odontologia de Araraquara. No mesmo ano a Prefeitura foi autorizada a adquirir um gabinete dentário elétrico para a escola.

Um ano depois, em 1924, a Linha de Tiro Nº. 610 da cidade pede pela primeira vez auxílio a municipalidade. Em 5 de julho daquele ano estoura a Revolução de 1924 em São Paulo, quando os Tenentistas tentaram derrubar o Presidente do Estado Carlos de Campos. Com a enérgica reação das tropas legalistas, os insurretos fogem pelo interior do estado. Em sua retirada, passam por Araraquara onde são apoiados por parte da classe política local. O Prefeito Plínio de Carvalho foge da cidade.

Usina de leite e o embrião da Escola de Belas artes e do Conservatório

Pelo Projeto de Lei Nº36, a Câmara Municipal de Araraquara determina o fechamento do comércio aos domingos na Sessão de 1º de dezembro de 1925. Em 1926, o Presidente da República eleito, Dr. Washington Luis, assume sob grave crise financeira e política.

Naquele mesmo ano, pelos Projetos de Lei N°.37 e 38, a Câmara autorizava ao Prefeito Municipal “..conceder auxílio de 10 contos de réis a quem fundar, e manter nesta cidade….”,  uma Escola de Belas artes e um Conservatório Dramático e Musical, respectivamente.

Já em 18 de junho de 1928, pelo artigo 23, do substitutivo do Projeto de Lei Nº.51 que tratava da instalação da Usina de Leite na cidade, a Câmara decidiu obrigar que todos os estabelecimentos da cidade adquirissem o produto somente da Usina do município e mantivessem o mesmo em vasilha selada e em local de baixa temperatura.

Grandes espetáculos acontecem na cidade. A “Grande Caravana Metro Goldwyn” parou Araraquara em 1928.

Construção do atual prédio da Câmara, crise e revolução

No ano de 1929 a Câmara autorizou a construção de um prédio para abrigar a Escola Normal Livre, anexo do Ginásio Mackenzie. Trata-se do mesmo edifício que abrigava a Câmara Municipal ainda recentemente.

Na primeira e única Sessão ordinária da Câmara Municipal realizada no ano de 1930, que foi aquela em que se elegeu o Prefeito da cidade, Bento de Abreu Sampaio Vidal proferiu discurso enaltecendo todo o trabalho desenvolvido pelos líderes políticos locais desde o início do século na construção da Nova Araraquara.

Meses depois, em 11 de abril de 1930, realizou uma Sessão Extraordinária da Câmara Municipal onde decidiu pelo envio de um telegrama felicitando o Presidente Washington Luis por ter conseguido manter a ordem no pleito que elegeu Júlio Prestes para o cargo de Presidente da República.

Prestes nunca chegou a assumir o cargo, e nem a Câmara de Araraquara voltaria a se reunir novamente. Em outubro daquele ano, estourou a Revolução de 1930 que levou Getúlio Vargas e os Tenentistas ao poder colocando fim ao período da Velha República no país. Por aqui, o Prefeito Plínio de Carvalho precisou fugir da cidade.

Morre a Velha República e nasce O Imparcial

Com a Revolução de 30 a Câmara dos Deputados é fechada, os prefeitos são substituídos por Governadores Municipais e as Câmaras de vereadores também são fechadas. O Governo Provisório promete reformas políticas e a convocação de uma constituinte.

Em 1º de novembro de 1930 estoura uma greve nas oficinas da EFA, que logo se encerrada.

Dias depois, Plínio de Carvalho é acusado de patrocinar perseguições políticas e é preso em São Paulo.

No mesmo mês de novembro é lançada pela diretoria da EFA, uma campanha para arrecadação junto a funcionários daquela Cia. para, com os recursos, ajudar o país a saldar sua dívida externa.

Em julho de 1931 a cidade recebe a visita do interventor federal no Estado, Cel. João Alberto. No mesmo ano nasce o jornal O Imparcial.

Eclode a Revolução de 32

No ano de 1932, como o Governo Provisório nada fazia para a convocação da constituinte alguns estados brasileiros se revoltam. É lançada em São Paulo a Campanha Nacional Para a Constituinte. Nasce em Araraquara a rádio Cultura.

No dia 19 de março daquele ano, a Linha de Tiro da cidade é elevada à condição de Tiro de Guerra, mantendo, no entanto, sua designação numérica 610. O organismo passa a ser denominado Pelotão Nº.610, ou Tiro de Guerra 610.

A partir daí os jovens araraquarenses passaram a fazer o serviço militar aqui mesmo, na cidade. Em Julho de 1932 explode a Revolução Constitucionalista em São Paulo. Araraquara envia 541 filhos de nossa terra para os campos de batalha, seis morrem em combate.

Nasce a ACIA, a Escola de belas Artes e a Ditadura do Estado novo

1934 é marcado pelo início das atividades do Núcleo do Ensino Profissional para Ferroviários da EFA e pelas eleições para a assembléia constituinte. Um ano depois, o Clube Araraquarense inaugura sua sede ao lado do Teatro Municipal.

Em 1935 é fundado o Núcleo Integralista de Araraquara. Em 1936, por iniciativa de Bento de Abreu, é fundada a Escola de Belas Artes da cidade.

Um ano depois Getúlio Vargas denuncia um plano comunista para derrubar o governo no país e instala a ditadura no iniciando o Estado Novo. Interventores são nomeados para os estados e municípios, e as Câmaras são novamente fechadas.

No ano de 1939 é fundado o 1º Aeroclube de Araraquara e explode a 2º Guerra Mundial na Europa.

Usina Tamoio e departamento de Educação física

O início dos anos 40 é marcado na cidade pelo fomento da cana de açúcar o que permite o desenvolvimento agroindustrial por aqui. Nasce a Usina Tamoio. Entra em atividade no ano de 1943 o Departamento Municipal de Educação física.

Araraquara na II Guerra Mundial

O Brasil declara guerra à Itália e a Alemanha e inicia a formação do 1º Grupo de Caça do Brasil, que mais tarde passaria a ser conhecido como Senta a Pua.

O araraquarense Fernando Correa Rocha apresenta-se como voluntário no Rio de Janeiro e embarca juntamente com outros jovens para treinamento nos EUA, tornando piloto do grupo e cumprindo 75 missões de guerra na Itália.

Araraquara envia mais de 30 homens para servir a FEB. A maioria deles segue para a Guerra, outros permanecem guardando a costa brasileira. Assad Feres, Sargento araraquarense, é morto em batalha no Vale do Pó na Itália.

Ginásio São Bento, fim do Estado Novo

Em 1944 é fundado o Ginásio São Bento em Araraquara. No mesmo ano é criada a Associação Agropecuária da Zona de Araraquara. Termina o Estado Novo, Getúlio se interna no Rio Grande do Sul.

Em 1946 a Nestlé instala-se na cidade. No ano de 1947, José dos Santos torna-se o primeiro Prefeito eleito pelo voto popular em Araraquara; é fundada a Sociedade Beneficente Obreiros do Bem. O ano também marca as primeiras negociações para a vinda, logo depois, do DER para Araraquara.

Reabertura da Escola de Belas Artes. Nasce a Ferroviária

Em 1948 a Escola de Belas artes é reaberta por iniciativa de Sr. Helio Morganti, oferecendo cursos de desenho e pintura.

Mais dois anos, em 1950, por iniciativa do Dr. Pereira Lima apoiado por ferroviários da EFA, é fundada a Associação Ferroviária de Esportes, iniciando-se logo depois a construção do Estádio Ademar de Barros, na Fonte Luminosa. O Estádio é construído em tempo recorde.

No ano de 1952 é realizada a Exposição da Escola de Belas artes de Araraquara no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Dois anos depois, agora no Museu de Arte Moderna de São Paulo, é organizada a Segunda Exposição da Escola.

Nasce o TECA, Tróleibus e a Avenida Bento de Abreu

O ano de 1955 é marcado pelo início das atividades do grupo amador TECA. Mais quatro anos, em 1959, é organizada a CTA e implantados os ônibus elétricos na cidade.

Romulo Lupo começa as obras de canalização do Rio do Ouro, embrião para a construção da Via Expressa, um projeto de 1937 tornado realidade apenas entre a segunda metade dos anos 70 e quase todos os anos 80. Também é dele as primeiras grandes obras de infraestrutura nos bairros da cidade.

Lupo lança o projeto de construção de um Ginásio de Esportes em Araraquara: o Gigantão. A obra atravessaria todos os anos 60, e passaria pelas mãos de três prefeitos municipais: Romulo Lupo, Benedito de Oliveira e Rubens Cruz.

Finalmente, no ano de 1960 se aceleram as obras de construção da Avenida Bento de Abreu, na Fonte, e o Prefeito Benedito de Oliveira, juntamente com o vereador Mário Ananias organiza o 1º Circuito Automobilístico de Araraquara, quando os principais pilotos do país se apresentam na avenida.

Termina o 1º longo ciclo da história brasileira e começa o nosso. Isso ocorre quando JK inaugura Brasília e a capital deixa o Rio de Janeiro, onde estava desde o Império. E a coisa já começa confusa, o 1º Presidente eleito depois de sua inauguração, Jânio Quadros, renuncia.

Duas vezes Romulo, e Teatro demolido

Romulo Lupo assume para o segundo mandato, tornando-se o primeiro prefeito eleito duas vezes para o cargo na história de Araraquara depois da adoção do voto direto no país, em 1947. Lupo continua as obras de infraestrutura implementadas no seu primeiro mandato, e implanta um grande programa de zeladoria que ganha reconhecimento internacional, com Araraquara passando a ser conhecida como a Cidade Mais Limpa das três Américas.

Romulo enfrenta um grande problema, no entanto: construído nos anos 10, e sem receber manutenção adequada por mais de 50 anos, o histórico Teatro Municipal de Araraquara estava em péssimas condições, e o custo das obras para sua recuperação eram considerados proibitivos para época. Ele resolve demolir o prédio, a cidade se divide, e sua administração fica marcada pela decisão.

Gigantão e prédio da Prefeitura

Rubens Cruz assume como prefeito, conclui as obras do prédio de apartamentos construído no lugar do antigo Teatro, recompra os imóveis e destina a ele a sede da Prefeitura Municipal.

Grande administrador, Cruz dá andamento nas obras iniciadas por Romulo, cria em 2 de junho de 1969 o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae), revolucionando os serviços de abastecimento de água e coleta de esgoto em Araraquara (até então os estavam subordinados ao Departamento de Obras da Prefeitura Municipal), e inaugura o Gigantão.

Novo Teatro, Biblioteca, CERs…

O empresário Clodoaldo Medina assume a Prefeitura no início dos anos 70 e leva para o 6º andar do Paço Municipal um novo estilo de administração. Inaugura o novo Teatro Municipal Avenida Bento de Abreu, implanta um modelo de educação infantil que se tornou referência na cidade, com a introdução dos Centros de Educação e Recreação (CER).

Medina também foi responsável por várias obras, como a ampliação do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae), a Biblioteca Municipal Mário de Andrade, a construção da Avenida Francisco Vaz Filho, da Alameda Paulista e também pela canalização de boa parte do Rio do Ouro, que permitiu a construção da Via Expressa.

Medina inaugurou uma era de 30 anos da política local onde ele e Waldemar de Santi revessaram-se (Medina foi prefeito entre 1973 e 1976, e depois entre 1983 e 1988). Foi ele também quem trouxe a IESA para Araraquara. Em junho de 1988, antes do final de seu segundo mandato, Medina deixou a Prefeitura a convite do governador Orestes Quércia e assumiu o cargo de presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp).

Via Expressa, Rodoviária e Selmi Dei

Depois de 21 anos como vereador, Waldemar de Santi chegou à Prefeitura em 1977. Homem muito popular, De Santi tinha origem simples. Foi vendedor de tecidos, empacotador na Fábrica de Meias lupo, mas tornou-se um político hábil, e que sabia como poucos identificar as carências da população e as necessidades da cidade.

Terminou a Via Expressa, ampliou a Alameda Paulista, criou o Selmi Dei e conquistou junto ao Governo do Estado o Terminal Rodoviário, uma obra que até os dias de hoje, mais de 40 anos depois de sua inauguração, não está defasada.

De Santi ampliou a estrutura do DAAE, recebeu novas indústrias, como a Kaiser, e foi considerado um dos melhores prefeitos da história de Araraquara quanto a zeladoria da cidade. Foi o primeiro prefeito a conquistar três vezes o cargo pelo voto popular.

De Santi foi prefeito por três vezes: 1977 a 1982, 1989 a 1992 e 1997 a 2000.

Início da diversificação da economia 

Prefeito eleito entre dois mandatos de Waldemar de Santi, o engenheiro Roberto Massafera pautou sua administração pelos esforços para a diversificação da economia da cidade, trouxe indústrias, empresas, supermercados, e impôs sua dinâmica à Prefeitura e, promulgando a Lei Orgânica do Município, e estruturando o Executivo com secretarias municipais.

Criou distritos industriais, instalou um complexo esportivo com a criação de escolinhas de esportes, criou o Terminal de Integração de passageiros, Caics etc. Também firmou convênio com o Fiesp/Ciesp visando a cooperação mútua para implantar e administrar um Núcleo de Desenvolvimento Empresarial – Projeto Incubadora.

Massafera foi prefeito entre os anos de 1993 e 1996.

Participação Popular, Arena e infraestrutura

Com chegada de Edinho Silva ao poder em Araraquara, a cidade experimentou um novo modelo de administração. Edinho criou o Orçamento Participativo, levou as decisões de investimentos e zeladorias para os bairros e promoveu o maior programa de pavimentação da história de Araraquara, levando asfalto e outras melhorias para bairros com mais de 50 anos de idade.

Criou a Ferroviária SA, mantendo o futebol profissional da cidade em atividade, salvou o estádio da Fonte Luminosa de penhora, comprou os pavilhões das antigas oficinas da Estrada de ferro Araraquara, depois conhecidos como pavilhões da Facira, e mais tarde viabilizou, e começou a construção da Arenada Fonte – primeiro estádio padrão FIFA do Brasil (a obra terminou durante o primeiro mandato do perfeito Marcelo Barbieri).

Edinho lançou grandes programas habitacionais (incluindo mutirões), construiu escolas, creches, unidades de saúde por inúmeros bairros, atraiu empresas, tocou obras de recuperação de prédios públicos, criou o Pronto Socorro do Melhado, investiu na modernização do Pinheirinho, dentre outras obras, e tornou-se o primeiro prefeito quatro vezes eleito para o cargo, um recorde.

No mandato atual, Edinho enfrentou, e ainda enfrenta, a pandemia da Covid-19, implantando uma invejada estrutura de saúde, que garantiu leitos para toda a região e controlou o avanço da pandemia na cidade. Elogiada até fora do país, a estrutura foi responsável por uma das menores taxas de letalidade da doença em todo o mundo.

Edinho administro Araraquara entre os anos de 2001 a 2004, foi reeleito para o mandato de 2005 a 2008, voltou ao cargo de 2017 a 2020, sendo reeleito para o mandato 2021 a 2024(atual mandato).

Maior programa habitacional da história

Entre os mandatos de Edinho Silva, o ex-deputado federal Marcelo Barbieri foi duas vezes prefeito de Araraquara.

Influente junto ao governo estadual e com trânsito fácil em Brasília, Barbieri atraiu indústrias, reabriu a Maternidade Gota de Leite (fechada durante a administração de Edinho Silva), construíu 3 UPAs, 12 novos postos de saúde, 7 novas creches, inclusive na área rural, 15 unidades de assistência social, e implantou o maior programa habitacional da história da cidade, construindo 8 mil casas populares e 2 restaurantes populares, além de outras ações. Marcelo Barbieri realizou 330 obras em oito anos de governo e não deixou nenhuma obra inacabada para seu sucessor. Barbieri foi eleito para os mandatos de 2009 a 2012 e 2013 a 2016.

O Executivo Araraquarense (1833-2021)

Quando no ano de 1832, a pequena Freguesia de São Bento de Araraquara foi elevada à condição de Vila, ganhando com isso sua 1ª Câmara Municipal, ainda não existia nas cidades e Vilas brasileiras a separação entre os poderes Legislativo e Executivo. Ambos eram desempenhados pela própria Câmara de vereadores.

Desde o princípio, no entanto, havia a indicação de um dos membros para assumir a presidência da Casa. Cabia a ele, a mediação nas reuniões e a administração das Sessões, além de fazer o papel de “Prefeito”, cargo que chegou a ser criado em Araraquara no período do Império.

No entanto, a existência dos Prefeitos como chefes do Poder Executivo somente aparece na história de Araraquara a partir de 1º de julho de 1896, por lei aprovada pela Câmara que criou o cargo de Intendente Geral.

A partir de então, os poderes Legislativo e Executivo foram definitivamente separados na cidade.

Tal situação, entretanto, nada altera quanto ao papel desempenhado pelos antigos Presidentes da Câmara local, que também, pelas regras da época, indiretamente ocuparam o “cargo”. Por este motivo, registramos no levantamento que trazemos abaixo, os nomes de todos aqueles que estiveram à frente das coisas da administração local desde 1833, ano em que a 1º Câmara Municipal de Araraquara tomou posse.

Período Regência – Império

Carlos de Arruda Botelho (1833-1836)

Joaquim da Silveira Almeida (1837-1840)

Período Império – Pedro-II

José Joaquim Sampaio (1841-1844)

Joaquim Felix Pereira de Carvalho (1845-1848)

Joaquim Roberto Rodrigues Freire (1849-1852)

José Joaquim de Sampaio (1853-1856)

Antonio Carlos de Arruda Botelho (Conde do Pinhal) (1857-1860)

Antonio de Almeida Leite (1861-1864)

Dr. Joaquim de Almeida Leite Moraes (depois Presidente da Província de Goiás)-(1865-1868)

Padre José Maria de Oliveira (1869-1872)

José Rodrigues de Lima Júnior (1873-1876)

Joaquim Duarte Pinto Ferraz (1877-1880)

Joaquim Manoel de Oliveira (1881-1883)

Candido Lourenço Correa da Rocha (1884-1886)

José Pinto Ferraz (1887-1890)-(ocupou o cargo no período de transição entre o fim do Império e a proclamação da República em 15 de novembro de 1889) Rodolfpho Augusto de Moura (1890) – Nas atas do ano de 1890 aparece o nome do Dr. Manoel Francisco Gonçalves como “Intendente” de Araraquara, embora ainda não houvesse a lei que criasse o cargo. A indicação do Dr. Manoel para a função pela Câmara, no entanto, consta das atas. Por esta razão ficam registrados para o período os dois nomes. A partir de 1891, não aparece mais nas atas da Câmara qualquer alusão quanto a Intendência, até o ano de 1896, quando o cargo foi criado pela Câmara.

– Período 1ª República –

Ricardo de Mattos (1891-1894)

Intendentes Gerais (a partir de 1896)

Joaquim Duarte Pinto Ferraz (1894-1896) – (criação da Intendência Geral em 1º de julho de 1896)

Manoel Joaquim Pinto de Arruda (eleito em 7 de julho de 1896 e permanecendo até 1897)

João Nogueira de Camargo (1898)

José Infante Vieira (1899)

Antonio Corrêa de Arruda (1900)

Camilo Dantas Horta (1901)

Antonio Corrêa de Arruda (1902)

Cel. João de Almeida Leite Moraes (1903)

Germano Machado (1904)

Major Pio Corrêa de Almeida Moraes (1905) (último Intendente Geral)

De acordo com a lei Nº.113, de 10 de julho de 1906, a Câmara Municipal de Araraquara passou a dar a denominação de Prefeito Municipal o antigo cargo de Intendente Geral.

Prefeitos Municipais

Major Pio Corrêa de Almeida Moraes (1906-1907)

Américo Danieli (1908-1910)

Major Dario Alves de Carvalho (1911-1913/1914-1916)

Plínio de Carvalho (1917-1919/1920-1922/1923-1925/1926-1928/1929-1930) – Plínio foi cassado logo após a eclosão da Revolução de 1930. No período, as Câmaras Municipais foram fechadas;

– Período 2ª República –

* Logo após a posse do Governo Provisório de Vargas, os Prefeitos eram nomeados por decreto pelo Interventor do Estado. De início, o cargo foi denominado por Governador de cidades.

Dr. Augusto Freire da Silva Jr. (09-12-30/30-01-31) Christiano Infante Vieira (Escolhido no dia 1º de novembro de 1930, para o cargo de Governador de Araraquara em reunião realizada na fazenda Boa Vista) (30-01-31/25-04-31)

Dr. Mario Arantes de Almeida (25-04-31/03-07-32) (O Dr. Mário Arantes anunciou no dia 28 de junho de 1932 sua intenção de renunciar ao cargo em razão do regulamento da Ordem dos Advogados que não permitia a um advogado que ocupasse cargo público desempenhar sua profissão) Francisco Vaz Filho (03-07-32/03-10-32) (Prefeito de Araraquara durante a Revolução de 32)

Major Faustino Cândido Gomes (Prefeito Militar – ocupou o cargo logo após o fim da Revolução como interventor militar. Permaneceu na função durante o período em que Araraquara permaneceu ocupada por tropas mineiras)

Francisco Vaz Filho (13-10-32/19-12-32) (reassumiu o cargo logo após a retirada das tropas mineiras)

Christiano Infante Vieira (19-12-32/08-01-33)

Cantídio Affonso dos Santos (08-01-33/23-08-33)

Dr. Lafayete Muller Real (23-08-33/29-05-34)

Dr. Heitor de Souza Pinheiro (29-05-34/07-07-35)

José Maria Paixão (07-07-35/02-05-36)

José de Abreu Izique (02-05-36/29-06-36)

– Período – Ditadura do Estado Novo

José Maria Paixão (29-06-36/16-07-38) (Permaneceu no cargo durante o período de transição e durante os primeiros anos de Estado Novo de Getúlio Vargas, que se iniciou em 1937)

Antenor Borba (16-07-38/22-01-40)

Dr. Camilo Gavião de Souza Neves (22-01-40/21-11-45)

– Período – 3º República

Dr. Fernando Augusto de Nogueira Cavalcanti (21-11-45/19-12-45) (1º. Prefeito depois do Estado Novo)

Dr. Camilo Gavião de Souza Neves (19-12-45/26-01-46)

João Soares de Arruda (26-01-46/01-03-47)

Dr. Cândido de Barros (01-03-47/10-04-47)

Dr. José dos Santos (10-04-47/08-05-47) (No curto período o Dr. José dos Santos tratou da vinda do DER para Araraquara)

Dr. Cândido de Barros (08-05-47/30-05-47)

Dorival Alves (30-05-47/01-01-48)

José dos Santos (01-01-48/31-12-52) * Primeiro Prefeito eleito pelo voto popular na cidade

Antonio Tavares Pereira Lima (01-01-52/31-12-55)

Rômulo Lupo (01-01-56/31-12-59)

Benedito de Oliveira (01-01-60/31-12-63)

Rômulo Lupo (01-01-64/31-12-69)

Rubens Cruz (01-02-69/01-01-73)

Clodoaldo Medina (01-02-73/31-01-77)

Waldemar De Santi (01-02-77/31-01-83)

Clodoaldo Medina (01-02-83/31-12-88)

Waldemar De Santi (01-01-89/31-12-92)

Roberto Massafera (01-01-93/31-12-96)

Waldemar De Santi (01-01-97/31-12-2000)

Edson Antonio da Silva (01-01-2001/01-01-2004/01-01-2005/01—01—2008)

Marcelo Barbieri (01-01-2008/01-01-2012/01-01-2012/01—01—2016)

Edson Antonio da Silva (01-01-2016/01-01-2020/01-01-2020/até o presente momento – atual mandato termina em 2024)

  • Os Prefeitos que por mais tempo ocuparam o cargo na história da cidade são Plínio de Carvalho e Waldemar de Santi, ambos com 14 anos à frente do Executivo Araraquarense. Depois deles vem o atual prefeito, Edson Antônio da silva, com 13 anos (em 2021), e podendo chegar a 16 ao fim do atual mandato. Edinho é o único prefeito eleito por 4 vezes para o cargo na história da cidade.

Redação

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