Nesta sexta-feira (26), das 9h às 14h, Araraquara contará com um evento na Praça Santa Cruz para marcar o Dia da Luta Antimanicomial, celebrado na última quinta-feira (18). O encontro contará com a orientação de profissionais das equipes do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) e do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD).
Por meio de uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e com a Secretaria de Esportes e Lazer, o evento terá também atividades culturais (música com os professores Gislaine e João Renato, e arte com os professores Juthy e Marrcus, das Oficinas Culturais e esportivas gratuitas (apresentação de capoeira às 10h).
A gerente de Saúde Mental, Gislaine Martins, falou sobre a importância da data. “O Dia Nacional da Luta Antimanicomial marca a reestruturação do modelo assistencial em saúde mental, promovendo o diálogo, minimizando o preconceito e o respeito aos portadores de transtorno mental. O movimento antimanicomial é caracterizado pela luta e direitos das pessoas à inclusão social, cidadania e também ao atendimento humanizado. Resguardando, principalmente, o direito fundamental à liberdade dos pacientes”, salientou.
A data de 18 de maio foi escolhida por conta do Movimento da Reforma Psiquiátrica iniciado na década de 70. O Dia Nacional da Luta Antimanicomial teve início há 37 anos, quando acontecia a Conferência Nacional de Saúde Mental no Brasil, resultado da mobilização do movimento e fundamental para as reformas ocorridas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), que conferiram novo sentido ao tratamento, deixando para trás um passado de violações de direitos humanos e abusos contra pacientes que ocorreram naqueles manicômios.
Essas alterações geraram, por exemplo, uma rede de serviços com equipe multiprofissional. As maiores mudanças ocorrem após a Constituição de 1988 e o início dos anos 1990. A data chama a atenção para o fato de que é preciso avançar e superar muitos paradigmas para um cuidado integral ao usuário da saúde mental, porém reforça que a importância de não permitir o isolamento e os maus tratos.