Início Araraquara Araraquara deixa ciclo de epidemia de dengue

Araraquara deixa ciclo de epidemia de dengue

Números indicam queda expressiva de casos de dengue na cidade com apenas 25 infectados na 1ª quinzena de julho

A atuação realizada de forma intensificada pelas equipes da Prefeitura de Araraquara no sentido de combater o mosquito Aedes aegypti e conter a dengue teve um efeito expressivo nesta primeira quinzena do mês de julho, quando 25 casos da doença foram registrados na cidade.

Para se ter um comparativo, a dengue chegou a ter uma média de mais de mil casos registrados por semana no período mais crítico da doença na cidade. A epidemia começou a ganhar força em janeiro, com o registro de 152 casos. Em fevereiro, o número aumentou para 709, atingindo o ápice nos meses de março (5.118) e abril (5.591). Desde então, os números apresentaram uma queda significativa, com 4.173 casos em maio e 1.206 em junho. Ao todo, Araraquara teve até o momento 16.974 casos de dengue e 17 óbitos causados pela doença, com os últimos registrados em maio.

A secretária de Saúde, Eliana Honain, se mostrou otimista com a queda de casos na cidade. “Estamos conseguindo vencer a dengue graças não só às ações da Prefeitura, fazendo o papel casa a casa, fazendo bloqueio onde temos casos positivados, fazendo vários arrastões e limpezas, fazendo muitas parcerias, como também da população, que tem entendido, em sua grande maioria, que é preciso manter seus quintais e casas livres de criadouros. Com isso, todos juntos conseguimos vencer mais uma situação preocupante para o município de Araraquara”, avaliou.

Ela lembrou também da estrutura oferecida pela cidade para o tratamento das pessoas contaminadas e lembra que ainda é preciso muita cautela em relação à doença. “Organizamos a assistência para que as pessoas positivadas pudessem ser muito bem cuidadas e pudessem diminuir o sofrimento causado pela dengue. A dengue exige uma luta contínua, temos que continuar todas as ações durante todo o ano. Só assim nós poderemos ter um controle e com isso diminuir bastante o número de pessoas positivadas”, acrescentou Eliana.

A coordenadora da Vigilância em Saúde, Gláucia Falcoski, apontou que diante da queda do número de casos desde a 20ª semana epidemiológica, Araraquara deixa o ciclo de epidemia de dengue e entra no ciclo de endemia de Dengue. “Temos redução importante do número de casos e manteremos número de casos controlado de dengue no decorrer do ano. Isso se deve ao fato da sazonalidade e também pelo trabalho intensificado realizado pela equipe de Vigilância em Saúde, sendo a vistoria nas casas e eliminação dos criadouros a principal ação de combate ao vetor”, ressaltou.

Colaboração da população ainda é fundamental

Vistorias casa a casa, nebulização e fumacê estão entre as ações diárias que a Prefeitura realiza na cidade visando eliminar os focos do mosquito, porém a colaboração da população ainda é cada vez mais fundamental.

Alessandra Cristina do Nascimento, gerente de Controle de Vetores, destacou a eficiência da atuação das equipes de combate à dengue da cidade. “Além da sazonalidade da doença e a chegada do clima mais ameno, atribuímos a diminuição do número de casos também ao resultado da intensificação das ações no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Após um período de bastante trabalho de vistorias casa a casa e ações educativas, é possível observar que a quantidade de focos encontrados nos imóveis também tem diminuído e acreditamos que a população tem acatado as nossas orientações. Mas reforço que não podemos relaxar, é preciso manter os cuidados, porque o perigo ainda não passou”, comentou.

Segundo um levantamento divulgado pela Vigilância em Saúde, as equipes de combate a endemias da Prefeitura, em parceria com a Cooperativa Vitória, retiraram 108.450 quilos de materiais inservíveis durante as vistorias e atendimento às demandas somente no mês de junho em Araraquara. O serviço de retirada desses materiais acontece quando os agentes de combate a endemias constatam a necessidade durante suas inspeções. O trabalho de retirada acontece nos bairros onde a Prefeitura realiza o bloqueio ou atendendo demandas específicas com ordem judicial.

As vistorias diárias são realizadas em uma média de 30 mil casas por mês na cidade e em metade delas o trabalho não é concluído por falta de autorização para a entrada, porém vale considerar que 80% dos criadouros de dengue se encontram nas residências, o que torna ainda mais importante a permissão por parte dos moradores.

A Vigilância em Saúde destaca que é imprescindível que a população participe da luta contra a dengue, autorizando o acesso aos quintais e residências para a eliminação de possíveis focos do mosquito transmissor da doença, mas é importante prestar atenção na identificação do agente antes de permitir o acesso à residência. Os agentes de combate a endemias da Vigilância Epidemiológica trabalham sempre uniformizados, com camiseta cinza e colete marrom, além de circularem em carros oficiais. Já os supervisores circulam com camiseta verde, com identificação da Vigilância.

Em caso de dúvida sobre a identificação da equipe, o morador pode ligar no Controle de Vetores, nos telefones 3303-3123 e 3303-3124.

Atendimento

Diante da queda expressiva de demanda, o Centro de Atendimento da Dengue, instalado no Hospital da Solidariedade (Hospital de Campanha), foi desativado no dia 1º de julho. A unidade estava funcionando desde março, quando houve aumento da demanda de pacientes com suspeita ou diagnóstico de dengue. De acordo com os números da Saúde, em maio, a média estava em 440 atendimentos diários no Centro. Na segunda quinzena de junho, estava em 120 atendimentos diários e nos últimos dias atendia cerca de 30 pessoas por dia na unidade.

Dessa forma, os casos suspeitos e diagnosticados de dengue passaram a ser atendidos, em todas as Unidades Básicas de Saúde do município, que atendem de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30, e Upas Central e Vale Verde, que funcionam 24 horas por dia. A UPA da Vila Xavier continuará com atendimento exclusivo para suspeitos e diagnosticados com Covid-19.

Os sintomas de dengue são febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas pelo corpo. No momento em que o paciente procurar o atendimento, ele deve levar RG, Cartão SUS e um comprovante de endereço com CEP.

Redação

Sair da versão mobile