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Araraquara encerra 2020 com saldo negativo de contratações formais

Araraquara encerrou o mês de dezembro com abertura de 138 vagas de emprego formal, resultado de 2.229 admissões e 2.091 desligamentos. Foi o quarto mês consecutivo em que o número de contratados superou o de demitidos, sendo que o setor do comércio – responsável por 85 das 138 novas vagas – foi o que mais contribuiu para o resultado positivo do mês.

Os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que foram divulgados e examinados pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, revelam que os setores da indústria e de serviços também contribuíram com aumento das contratações, com saldo de 83 e 41 postos de trabalho, respectivamente. Em contrapartida, houve encerramento de vagas nos setores da agropecuária (-1) e da construção civil (-70).

A sazonalidade do período contribuiu para o bom desempenho do comércio e também do setor de serviços, “visto que o fim do ano é tradicionalmente um período de aquecimento da economia e esse movimento é refletido no aumento da demanda por trabalhadores que são absorvidos pelos dois setores”, avalia João Delarissa, analista econômico do Sincomercio.

No acumulado do ano de 2020, o município registrou saldo negativo de contratações, com o fechamento de 908 postos de trabalho com carteira assinada. Nesse recorte, o setor de serviços liderou o ranking de desligamentos com -1.537 vagas, e o comércio rescindiu 238 contratos de trabalho. Os números negativos foram mitigados pelo saldo positivo da indústria (773), da construção civil (74) e da agropecuária (20).

Pandemia e o Mercado de Trabalho

Apesar dos resultados positivos nos últimos quatro meses do ano, a análise dos dados acumulados de 2020 mostram que as vagas perdidas pelos efeitos da pandemia de Covid-19 ainda não foram integralmente recuperadas. Nos quatro meses de auge da pandemia – de março a junho –, Araraquara registrou perda de 3.757 vagas, ao passo que entre julho e dezembro, apenas 1.851 postos de trabalho foram recriados.

Os impactos da crise sanitária sobre o mercado de trabalho são ainda maiores quando avaliados em conjunto com os resultados do setor informal. Divulgada pelo IBGE também no dia 28 de janeiro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/Contínua) mostrou que o desemprego no Brasil já atinge a marca de 14 milhões de pessoas – 14,1% da força de trabalho.

Redação

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