Início Araraquara Araraquara fecha mais de 2.500 postos formais de trabalho no primeiro semestre...

Araraquara fecha mais de 2.500 postos formais de trabalho no primeiro semestre de 2020

Araraquara fechou o primeiro semestre de 2020 com retração no mercado de trabalho formal, registrando saldo negativo de 2.683 vagas, resultado decorrente de 12.259 admissões e 14.942 desligamentos. No mesmo período do ano anterior, a cidade havia expandido o número de postos com carteira assinada em 817 vagas, como consequência de número maior de admitidos (15.632) e menor de desligados (14.815).

Os dados são do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que divulgou recentemente os resultados de junho, mês em que o município registrou saldo negativo de 445 empregos formais, com 1.522 admissões e 1.967 desligamentos. No entanto, o cenário desse período representa uma melhora em relação a maio, quando o número de contratações foi menor (1.176) e de demissões maior (2.056).

Os resultados, apurados pelo Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, seguem a mesma direção do que foi observado nos âmbitos estadual e nacional. Em junho, por exemplo, foram encerrados 13.299 postos de trabalho no Estado de São Paulo, com 302.036 admissões e 315.335 demissões registradas. No mesmo período, 895.460 trabalhadores foram contratados em todo o país, enquanto 906.444 foram demitidos, gerando um saldo negativo de 10.984 vagas.

Segundo Marcelo Cossalter, pesquisador do Sincomercio, assim como ocorre nas esferas nacional e estadual, o número de demissões na cidade segue maior que o total de admissões desde o início da pandemia. “Os meses de março e abril registraram os piores resultados para Araraquara, com o encerramento de 1.165 e 1.197 vagas, respectivamente. Posteriormente, houve uma melhora, com 880 vagas formais fechadas em maio e 445 em junho.”

Ainda segundo o levantamento realizado pelo Núcleo de Economia, o estoque de trabalho no município, definido pela quantidade de contratos celetistas ativos, contabilizou 72.333 vínculos em junho, o que representa uma variação de -0,61% em relação ao estoque do mês anterior (72.778) e de -3,2% em relação ao estoque existente em junho de 2019 (74.699).

Analisando o resultado mensal pelo gênero dos trabalhadores, houve aumento de 19% no número de admitidos entre os homens e 51% entre as mulheres, em comparação com maio.  As demissões, por sua vez, caíram 10% entre os homens e cresceram 5% entre as mulheres. No primeiro semestre de 2020, do total de 2.683 demitidos, 936 foram homens e 1.747, mulheres. No mesmo período de 2019, quando o saldo de contratações havia sido de 817 novas vagas, 725 eram do gênero masculino e apenas 92 do gênero feminino.

Do total de demitidos em junho, considerando o nível educacional, os mais afetados foram os que possuem ensino médio completo (36%), seguido dos trabalhadores com ensino superior completo (18%) e ensino fundamental completo (17%). Já ensino médio incompleto e ensino fundamental incompleto representam 12% do total, e superior incompleto aparece com 6%.

Na análise semestral, os mais afetados pelo fechamento de vagas por grau de escolaridade foram os que possuem ensino médio incompleto (57%), fundamental incompleto (17%) e ensino médio completo (16%). Na sequência, fundamental completo (7%), ensino superior completo (4%) e, por fim, ensino superior incompleto (1%).

 

Redação

Sair da versão mobile