A Prefeitura de Araraquara investiu na Secretaria de Saúde, no primeiro semestre deste ano, o triplo do valor mínimo exigido pela Constituição Federal, que são 15% do total do orçamento municipal.
Desde 2017, os investimentos na Saúde representavam 38% do total do orçamento, o que já estava bem acima do estipulado na Constituição. Esses valores cresceram ainda mais neste ano, com a estruturação da rede de saúde para enfrentar a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus.
De janeiro a junho, o Município empenhou R$ 219.249.981,17 em investimentos na Saúde, o que representa 43,17% do total de R$ 507.846.759,50 repassados a todas as secretarias municipais. Ou seja, de cada R$ 100 aplicados pela Prefeitura neste ano, R$ 43 foram para a Saúde, sendo que o mínimo exigido seria de R$ 15.
“Diante da pandemia, nós precisamos nos estruturar para salvar vidas. Saúde não é gasto, é investimento. E isso está sendo mostrado nos números, está surtindo efeito. Com ampla testagem e com baixa letalidade, estamos salvando vidas”, explica a secretária de Saúde, Eliana Honain.
Além da construção do Hospital da Solidariedade, hospital de campanha com 20 leitos UTI e 31 de enfermaria para pacientes com a Covid-19, a Saúde também investiu na implantação do Polo de Atendimento Estratégico na Vila Xavier, no fortalecimento da rede de Atenção Básica, nas ações de Vigilância Epidemiológica, entre outras medidas.
Isso garantiu que Araraquara tivesse a menor letalidade no estado de São Paulo entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, em torno de 1% dos casos positivados. O fato gerou repercussão nacional e foi citado como exemplo de combate à pandemia em entrevista coletiva do Governo do Estado.
Medicamentos
O balanço com as estatísticas, que está no site da Prefeitura, também mostra que o valor investido na compra de medicamentos no ano passado, R$ 7,6 milhões, é 108% acima (mais que o dobro) do registrado em 2016 (R$ 3,6 milhões). Além disso, somente de janeiro a junho deste ano, o valor destinado chegou a R$ 3,2 milhões.
“Quando nós assumimos a Prefeitura, em 2017, a rede estava desfalcada em mais de 110 medicamentos que eram padronizados. As situações mais gritantes eram medicamentos utilizados nos tratamentos de diabetes, hipertensão e também problemas respiratórios, todos muito caros. Colocamos isso em dia e incrementamos nossa lista com mais 43 itens”, afirma Eliana.
No final de junho, a lista de medicamentos em falta era de apenas 18, sendo que sete aguardavam entrega, dois aguardavam empenho para compra, oito estavam com falta de matéria prima para produção e um estava em desabastecimento no DRS(Departamento Regional de Saúde).
Ainda segundo o balanço da Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro semestre de 2020 foram realizadas 70.070 consultas nas unidades básicas, 106.681 consultas nas UPAs e 57.718 consultas especializadas.