Um estudo da consultoria de negócios Urban Systems apontou que Araraquara está entre as 20 melhores cidades do Brasil em desenvolvimento social, subindo do 28º lugar, em 2016, para o 17º em 2018. O motivo, segundo o prefeito Edinho Silva (PT), é a prioridade que seu governo dá a Assistência e o Desenvolvimento Social e o investimento nos programas sociais, que deve totalizar R$ 30 milhões em 2019.
“Nós não podemos perder o olhar e a sensibilidade com a humilhação e o sofrimento do próximo. O nosso maior desafio nesse momento histórico é nos colocarmos no lugar do outro, é debater que tipo de sociedade nós queremos construir: indiferente ou com capacidade de indignação com a fome e a exclusão social”, afirmou Edinho.
Porém, todos os dias várias pessoas são vistas nos semáforos da cidade, principalmente na região central, vendendo balas ou outras mercadorias de pequeno valor, além de outros tantos que pedem esmolas. A falta de emprego é a principal causa apontada por essas pessoas que desenvolvem essas atividades diariamente.
Moradores de rua
De acordo com a Prefeitura Municipal, existem 60 pessoas em situação de rua identificadas e monitoradas diariamente na cidade que, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, recebem atendimento através da Casa Transitória, Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua – Centro POP e Serviço Especializado em Abordagem Social onde são oferecidas oficinas socioeducativas, atendimentos e atividades com equipe técnica, como assistentes sociais e psicóloga), encaminhamentos para a rede socioassistencial e demais políticas setoriais. Mesmo aqueles que não aceitam o acolhimento, podem almoçar, jantar e tomar banho nas unidades.
A cidade também tem uma equipe de abordagem social que atua diretamente nas ruas e parcerias com grupos solidários que trabalham com a população nessa situação, o que colabora na identificação e monitoramento desse público. Devido à complexidade, esse grupo demanda a atuação não somente da Política de Assistência Social, mas também da Saúde, Habitação, Desenvolvimento Econômico, Segurança Pública e Política Municipal sobre Drogas. Devido a isso, a Secretaria de Saúde fez uma parceria com o PET – Saúde (Programa de Educação pelo trabalho para saúde), programa do governo federal em parceria com a UNESP, UNIARA, Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social com o objetivo de identificar as necessidades de saúde e organizar o atendimento das necessidades da população em situação de rua, que é formada basicamente por jovem que faz uso de substâncias psicoativas.
A Casa Transitória “Assad Kan” também é uma unidade de acolhimento onde são oferecidos os serviços de banho, refeição e acolhimento aos moradores de rua. Além disso, é oferecido aos itinerantes /trecheiros (aqueles que estão em trânsito de uma cidade para outra) os serviços de banho, refeição, acolhimento.
Desemprego
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil caiu no trimestre anterior, mas ainda bate os 12%. A queda foi de 0,5 percentual.
O total de desempregados foi de 12,6 milhões de pessoas, o que representa uma queda de 4,6%. O número de trabalhadores por conta própria atingiu o recorde de 24,2 milhões.
Ainda de acordo com o IBGE, a melhora é resultado, em grande parte, do trabalho informal. Isso explica porque o rendimento médio habitual da população também caiu: R$ 2.290, 1, 3% a menos e sem variação significativa com o mesmo período do ano passado.
O número de trabalhadores sem carteira assinada chega a 11,5 milhões, 3,4% (376 mil pessoas) a mais do que nos três primeiros meses do ano e 5,2 (565 mil pessoas) comparando com o segundo trimestre de 2018. No setor privado foram 33,2 milhões de pessoas com carteira assinada, subindo para 0,9% (294 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, e 1,4% (450 mil pessoas) frente ao mesmo período do ano passado.
Já a subocupada, população disponível para trabalhar mais horas, atingiu 7,4 milhões de pessoas, enquanto os trabalhadores por conta própria, chegaram a 24,1 milhões.
Atendimentos
Rede municipal de acolhimento às pessoas em situação de rua Serviço Especializado em Abordagem Social – SEAS – Central de Atendimento
Contatos e horário de funcionamento: (16) 3336-7510 (todos os dias, das 8h as 23h) e 3334-2253 (de segunda à sexta-feira, das 8h às 15h).
Casa Transitória “Assad Kan”
Endereço: Rua Castro Alves, 1296 – Bairro Santana – tel. (16) 3336-7510
Horário de Funcionamento: de segunda à sexta-feira, a partir das 16h, e aos sábados, domingos e feriados 24 horas.
Centro Pop
Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua
Endereço: Av. José Bonifácio, 590 – Centro/ tel. (16) 3334-2253.
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.