Em julho, 226 novas vagas formais de trabalho foram criadas no município de Araraquara. O saldo positivo, resultado de 2.480 admissões e 2.254 desligamentos ocorridos no mês, é o quarto consecutivo de expansão no número de vínculos ativos na cidade, de acordo com o Novo Caged.
Segundo análise do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, em valores proporcionais, o setor da construção foi o líder no aumento dos vínculos ativos do mês: 364 admitidos e 271 desligados. Ou seja, uma geração de 93 postos de trabalho, o que representa expansão de 2,29% no estoque de trabalhadores, que conta agora com 4.161 postos.
Já em valores absolutos, a indústria abriu o maior número de vagas, com 104, decorrentes de 469 admitidos e 365 desligados, o que representa expansão de 0,6% no número de empregados no setor, que agora emprega 17.569 funcionários.
A indústria araraquarense se destaca em relação ao número de trabalhadores formais no subsetor da indústria de transformação, composta por segmentos como fabricação de peças e acessórios para veículos (1.042 postos de trabalho), fabricação de máquinas e equipamentos (2.244), fabricação de produtos alimentícios (3.452) e confecção de vestuário e acessórios (6.066), que lidera em número de vagas formais de trabalho no setor de transformação (6.066), como em admissões realizadas em julho (159).
Contratações líquidas
O saldo de contratações líquidas em julho foi puxado por trabalhadores de 18 a 24 anos (208), com ensino médio completo (178). Dos 226 novos empregos criados, 168 foram ocupados por homens e 58 por mulheres. No acumulado do ano, o município registra saldo positivo de 2.226 vagas, decorrentes de 18.362 admissões e 16.136 desligamentos, com destaque para o setor de serviços, responsável por 972 das novas vagas abertas, da indústria, com 731, e da construção com 635 vagas. Por outro lado, o comércio é o único dos cinco grandes setores a registrar redução do estoque araraquarense de trabalhadores no primeiro semestre de 2021, com menos 167 postos de trabalho.
Para João Delarissa, economista do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, apesar das últimas altas, os próximos meses tendem a ser menos otimistas. “Com o fim da vigência do Pronampe, programa de manutenção do emprego do governo federal, responsável por sustentar quantia considerável de contratos de trabalho, sobretudo nos setores de comércio e serviços, é de se esperar uma desaceleração na geração de emprego para os próximos meses, marcada pelo encerramento dos acordos vigentes que podem inflar o número de demissões”, analisa.