No dia 23 de setembro de 1999, três ativistas dos direitos bissexuais se reuniram nos Estados Unidos e deram origem ao Dia da Visibilidade Bissexual, que nasceu com o objetivo de dar visibilidade à comunidade bi e combater a bifobia, que é o preconceito e a discriminação de bissexuais devido à sua orientação sexual. Desde então, a garantia dos direitos humanos para esse público passou a ser evidenciada nesta data.
A assessora especial de Políticas LGBTQIA+, Erika Matheus, falou sobre a importância da data. Para ela, uma das formas mais comuns de bifobia estão em comentários que apontam que pessoas bi estão “em cima do muro” ou que a assexualidade em si é “frescura”. “É preciso entender que em uma sociedade onde a heterossexualidade é compulsória, ser bissexual e empoderar-se de si é um ato de resistência. A bissexualidade se expande em diversas pessoas, de diversas formas e jeitos. Ela não tem a ver com relacionar-se com homem ou mulher. É para além do binário. Ela não denota confusão, ela é válida”, comentou.
Ela reforçou que sua assessoria também atua na garantia e integridade dessas pessoas. “Este órgão do poder executivo, inclusive, está ouvindo mulheres bissexuais cisgêneras, especificamente, para tratar da saúde, juntamente com mulheres lésbicas, para a formulação de um protocolo-informacional em saúde no cuidado específico destas”, acrescentou.
Ela afirmou ainda que é muito importante que a sociedade reflita sobre o tema. “Que neste dia possamos refletir na pluralidade da atração humana e compreender que pessoas bissexuais, sejam homens cis, mulheres cis, travestis, mulheres trans, homens trans e não-bináries, são válidas e dignas de direitos”, concluiu Erika.
