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Aumento na conta de água vai encarecer ainda mais a vida do araraquarense

Nova tarifa com reajuste de 16,83%, que começa a vigorar em fevereiro, está em conformidade com a ARES-PCJ

A tarifa de água praticada pelo Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae), em Araraquara, vai ficar 16,83% mais cara a partir de fevereiro. O reajuste, que tem gosto amargo para o araraquarense que já sofre com as altas bandeiras tarifárias da conta de energia elétrica, foi divulgado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ).

Segundo a Agência, o reajuste será aplicado em todas as categorias e faixas de consumo de água. A ARES-PCJ é o órgão que define a composição tarifária do Daae, por meio de convênio de cooperação firmado com Araraquara. O comunicado também ressalta que outros serviços praticados pela Autarquia também terão reajustes a partir de fevereiro, que chegarão a 10,67%.

 

IPTU também teve aumento

E os aumentos não param na conta de água. A Prefeitura de Araraquara também reajustou em 9,68% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e valor venal dos imóveis a partir do exercício de 2022.  

A administração municipal alega que há dois anos não fazia qualquer atualização ou reajuste. Com isso, o novo valor leva em conta a inflação do período de setembro de 2020 a agosto de 2021, ou seja, nos últimos 12 meses.

De acordo com o Executivo, desde 2018 a Prefeitura não faz essa atualização no valor do IPTU ou o reajuste com base na inflação. Se isso fosse feito, o índice seria de 21%.

 

Custos elevados

Em entrevista ao O Imparcial, o prefeito Edinho Silva (PT) alegou que o Município também vem sofrendo com os custos mais elevados dos bens e serviços que presta à população, devido ao aumento dos preços dos alimentos, da energia, do combustível, do setor de transportes, da construção civil, por exemplo, que impactam o custo de toda a cadeia de compra de produtos e prestação de serviços.

“Nós temos consciência de que a população está enfrentando dificuldades com a crise econômica e o aumento da inflação, tanto que a Prefeitura criou a Rede de Solidariedade para garantir alimentação às famílias em extrema vulnerabilidade: foram quase 38 mil cestas distribuídas desde o ano passado. Também criamos um Refis, para pagamento de impostos municipais atrasados, com parcelamentos e descontos em juros e multa para empresários que perderam faturamento na pandemia e pessoas físicas que estão com dificuldades de acertar suas pendências. Porém, da mesma forma que a sociedade, o Município também vem sofrendo com os custos mais elevados dos bens e serviços que presta à população, devido ao aumento dos preços dos alimentos, da energia, do combustível, do setor de transportes, da construção civil. Esses reajustes impactam o custo de toda a cadeia de compra de produtos e prestação de serviços. E a Prefeitura, apesar disso, precisa manter a qualidade da prestação dos serviços públicos. Vale lembrar que não houve reajuste no IPTU nos últimos três anos, desde 2018. O reajuste de 9,68% corresponde apenas à projeção de variação da inflação oficial, o IPCA, nos últimos 12 meses. Se fosse levado em conta o período de 2018 até agora, seriam 21% de reajuste. Ou seja: o Município sofreu com queda de arrecadação durante a pandemia, investiu R$ 88 milhões neste ano no enfrentamento à Covid-19, mas todas as outras áreas do governo precisam continuar funcionando. Fixamos um reajuste que nos ajuda a manter as políticas públicas e não cobre as perdas pela inflação dos últimos anos, justamente entendendo o momento que a sociedade enfrenta. O Município precisa minimamente manter seus patamares de arrecadação para dar continuidade com qualidade na prestação de todos os serviços e investimentos públicos necessários”, resumiu o prefeito de Araraquara.

Redação

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