Pela primeira vez, o italiano Cesare Battisti, de 64 anos, extraditado em janeiro do Brasil para a Itália, admitiu ter participado do assassinato de quatro pessoas nos anos de 1970. Na presença do procurador-geral de Milão, Francesco Greco, no Ministério Público, ele confirmou o envolvimento nos crimes e pediu desculpas aos parentes das vítimas.
Segundo relatos, durante o depoimento, Battisti disse que se envolveu nos atos políticos por acreditar que aquela era uma “guerra justa”. O italiano foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas durante os anos de 1970. Na época, ele integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Até então ele afirmava ser inocente.
O procurador Francesco Greco disse que Battisti admitiu “suas responsabilidades” em quatro assassinatos, no ferimento de três pessoas e na participação de roubos.
Captura
Battisti foi capturado em 12 de janeiro à noite enquanto caminhava pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão foi resultado de uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de brasileiros.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a extradição de Battisti. Ao assumir o poder, ele reiterou sua determinação em capturar e enviar para a Itália para o cumprimento da pena.
*Com informações da RAI, emissora pública de televisão da Itália e da agência Brasil