Depois de enfrentar duras retrancas na primeira fase da Copa do Mundo, a seleção brasileira pode pela primeira vez no Mundial encontrar mais espaços para desenvolver o seu futebol no gramado. O Brasil enfrentará o México nesta segunda-feira (2), às 11 horas, em Samara, em duelo válido pelas oitavas de final. Adversário desta segunda, o México demonstrou certa vocação ofensiva nos três primeiros jogos, dando também o campo para o outro lado criar suas jogadas. Assim, é muito provável que o embate entre brasileiros e mexicanos tenha um tom mais ofensivo dos que os duelos da primeira etapa da Copa, com cada equipe usando o seu estilo de jogo: o Brasil com mais toque de bola e o México com maior aposta na velocidade e nos contra-ataques.
Comparando as estatísticas gerais da Fifa das duas seleções na competição, nota-se que tanto brasileiros como mexicanos procuraram muito o ataque nos três primeiros jogos. Não por acaso, apresentaram números semelhantes no aspecto ofensivo. Enquanto os comandados de Tite chutaram 56 vezes, acertando 19 no gol, os adversários de segunda finalizaram em 44 oportunidades, sendo 14 no gol. As duas seleções estão entre as cinco que mais concluíram na primeira fase do Mundial. O Brasil é o segundo, enquanto o México é o quinto.
Ciente desse equilíbrio, o volante Casemiro considera que a seleção tem que “jogar muito” se quiser superar a “La Tri” na segunda-feira. Ele, contudo, acredita que o grupo está evoluindo e que pode se aproveitar de alguns espaços no confronto.
“A primeira partida foi um empate (contra a Suíça), mas com sabor de que poderíamos ter feito mais. O segundo foi um jogo contra uma equipe que só se defendeu. No terceiro deu para mostrar mais futebol, contra uma equipe mais aberta. Estamos crescendo dentro da competição, é normal isso, devido à ansiedade no começo. Na minha opinião, a evolução vai ser melhor ainda”, explicou o volante do Real Madrid.
Apesar dessa vocação para chutar mais, os dois lados foram discretos quando o assunto é gols. O time do técnico Tite balançou as redes em cinco oportunidades, enquanto que os mexicanos foram ainda mais abaixo, com apenas três gols. Um dado positivo para a seleção verde e amarela é que ela conseguiu chegar ao gol em todas as partidas, enquanto que México falhou contra a Suécia, quando sofreu uma dura derrota por 3 a 0.
O equilíbrio, contudo, se limita ao ataque das duas seleções. Na defesa, a vantagem vem sendo do Brasil, que sofreu apenas um gol, ao passo que o México levou quatro na primeira fase, sendo três em uma única partida. Além disso, o goleiro mexicano Ochoa foi exigido 15 vezes nos três primeiros jogos da Copa, enquanto que Alisson foi apenas duas vezes.
Quem pode se sobressair no aspecto defensivo e ser um ponto favorável ao Brasil na balança do confronto é justamente Casemiro. O jogador é um dos destaques da seleção até agora, sendo o que mais roubou bolas entre os brasileiros (25 ao todo) e o sétimo em todo o Mundial.
Foto: CBF