Cinco obras de nanoarte do artista plástico brasileiro Enio Longo integram a mostra internacional ‘3D Museum of NanoArt’, nos Estados Unidos, sob a curadoria do cientista e artista Cris Orfescu, fundador da organização NanoArt 21 e da Academy of NanoArt. Ao todo, são 45 obras selecionadas de artistas de diversos países. Único brasileiro na mostra, representando o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), Enio expõe as obras: Covid, Diffusion, Amazon bleeds and burns, Amazon e Dante’s Inferno.
O curador da mostra considera a nanoarte uma maneira mais atraente e eficaz para divulgar a ciência para o público em geral, e também um modo de informar as pessoas sobre as novas tecnologias do século 21. “A nanoarte aumenta a consciência pública da nanotecnologia e seu impacto em nossas vidas”, afirma Orfescu.
A nanoarte revela ao público estruturas que são visualizadas apenas por meio de equipamentos de pesquisa como microscópios eletrônicos de varredura e microscópios de força atômica. Essas imagens são capturadas e posteriormente processadas usando diferentes técnicas artísticas para convertê-las em obras de arte.
Pioneiro na nanonarte, Enio integra desde 2009 o núcleo do CDMF que desenvolve o Projeto Nanoarte e tem projetado internacionalmente a nanoarte brasileira. Também neste ano, ele foi o único representante da América Latina na exposição internacional França-China Arte-Expo, com curadoria de Jean Jacques Humbert, da França.
Para o professor Elson Longo, diretor do CDMF e irmão do artista, essa confluência de ciência e arte é altamente positiva. Ele destaca a obra Covid, que apresenta micropartículas de sílica com prata, inovação empregada em produtos para proteção contra o vírus. “Essa nanoarte do Enio retrata tecido de material orgânico com escudo de sílica prateado. Na vida, a proteção contra o vírus representa amor, união, saudade, carinho, saúde, encontrar amigos e parentes. A proteção dessas nanopartículas reflete a beleza e a alegria de um mundo melhor. Proteção é segurança, tranquilidade e saúde. Nesse desenvolvimento, o compósito sílica-Ag elimina 99,98% do coronavírus (CDMF-FAPESP), declara Elson Longo.
Para o artista, essa parceria é enriquecedora. “Fazer essa parceria no campo da ciência com o CDMF, sob a orientação do professor/doutor Elson Longo, trouxe para minha bagagem artística um conhecimento diferenciado ao mundo das artes digitais. Mundo esse que está mudando o cenário das artes em geral, devido ao isolamento. Gratidão para sempre”, disse Enio Longo.