Início Araraquara Câmara adia votação de nova versão do projeto dos cemitérios

Câmara adia votação de nova versão do projeto dos cemitérios

Novo projeto prevê isenção de taxa para regularização de sepultura nos primeiros 60 dias do prazo

A discussão e votação da nova versão do projeto que trata da instalação, organização e funcionamento dos cemitérios e dos crematórios no Município foi retirada da pauta da sessão da Câmara Municipal realizada nessa terça-feira (31). Na versão mais recente, a regularização de sepultura que for requerida exclusivamente nos primeiros sessenta dias do prazo para a regularização estará isenta do pagamento do preço público respectivo. Prevê ainda desconto de 50% do valor da concessão, para regularização requerida após 60 dias após início do processo. Este era um ponto que causava preocupação, por conta do impacto financeiro que causaria ao cidadão.

A nova versão do polêmico projeto seria apreciada e votada ontem, porém, acabou sendo retirada da pauta do dia. De acordo com o discurso do vereador Rafael de Angeli (PSDB), a votação foi cancelada, pois um vereador da base não compareceu à sessão por ter positivado com a Covid-19 e, por isso, o Executivo não teria os votos necessários para a sua aprovação. O tucano é um crítico ferrenho do projeto.  

Já a versão do projeto aprovado em primeira discussão na sessão da semana passada, deixou de valer.

“Fake news”

A Prefeitura alega que querem desqualificar o assunto através de notícias falsas, os chamados ‘fake news’, que estão sendo veiculadas nas redes sociais.

Em nota na página do Facebook, a Prefeitura ressalta que não há a criação de uma nova cobrança, apenas a regulamentação da utilização do Cemitério São Bento.

“Criaram um verdadeiro enredo de filme de terror para desqualificar o debate acerca de um projeto de Lei que regulamenta a utilização do Cemitério São Bento.

Não há a criação de nada. Tudo o que consta na Lei complementar já existe no Código de Posturas do município. O projeto apenas atualiza informações e estende ao São Bento o que sempre existiu nos Britos e em todos os cemitérios públicos do Brasil, corrigindo, desta forma, injustiças.

Fique tranquilo: não há, de maneira alguma, qualquer taxa que atinja a população em geral. Ao contrário: a ideia é que a população em geral deixe de pagar a manutenção do Cemitério São Bento, além de combater a venda clandestinas de jazigos”, diz a nota.

Segurança jurídica

Para o presidente da Câmara, o vereador Aluisio Boi (MDB), esse substitutivo é uma vitória para a população que temia um custo alto para a regularização das sepulturas, além de ser uma forma do proprietário da sepultura ter uma segurança jurídica.

“Esse substitutivo foi construído por alguns vereadores que conseguiram convencer o Executivo a dar 60 dias de isenção para a regularização e transferência com custo zero e ainda conseguiram diminuir a taxa de manutenção ao valor igual à do cemitério dos Britos que é de uma Unidade Fiscal apenas. Ele já eliminou o projeto antigo que foi votado em primeira votação na semana passada. Com esse novo projeto nós queremos dar direito às pessoas que estão querendo regularizar a sua situação em até 60 dias sem custo nenhum. Hoje, elas não têm segurança jurídica nenhuma e, agora, vão poder ter documentada essa regularização e possuir essa segurança jurídica que comprove que são proprietários desses jazigos”, explicou Boi.

Redação

Sair da versão mobile