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“Canal Direto com a Prefeitura” destaca o amor de um pai na superação dos obstáculos da vida

Gerente comercial Felipe Cabrera Padovani relata como a busca pela felicidade do filho Arthur o motivou a enfrentar uma história de drama, aprendizado e gratidão

Programa produzido pela Secretaria Municipal de Comunicação, o “Canal Direto com a Prefeitura” concluiu nesta quinta-feira (10) sua série especial Dia do Pais, em celebração da data que será comemorada neste domingo, dia 13. Dessa vez, o programa contou com a participação do gerente comercial Felipe Cabrera Padovani e do seu filho Arthur, de nove anos.

Felipe conta que a história de Arthur teve início quando sua esposa na época, Patrícia Alves, enfrentava um duro tratamento contra o câncer. “Quando a mãe do Arthur engravidou, foi uma grande surpresa porque ela tinha acabado de fazer um tratamento contra o câncer e os médicos diziam que não era possível ela engravidar. Como não temos controle sobre algumas coisas, ela engravidou e assim iniciamos uma batalha em relação a todo o processo, porque tinha a doença envolvida, tinha a gravidez, então foi bem difícil na época”, relata.

Mesmo sabendo do risco de manter a gravidez, Patrícia priorizou a gestação do filho e interrompeu seu tratamento, o que levou a complicações em seu quadro de saúde. Arthur nasceu prematuro extremo, em 14 abril de 2014, e uma semana depois, Patrícia faleceu. “O Arthur ficou 100 dias internado e nesse meio tempo ele teve algumas intercorrências, alguns problemas, até virar uma realidade e ele vir para a casa. Então foi uma trajetória bem difícil”, descreve Felipe.

O gerente comercial conta que teve muito apoio de sua família. “Inicialmente eu tive que aprender tudo, dar banho, trocar e fazer todo o papel. Eu morei um tempo sozinho com ele, depois a minha mãe veio morar com a gente, então todo esse primeiro momento foi muito importante. Existia toda a preocupação de como iria ser, de como eu iria contar para ele sobre tudo isso, como eu iria explicar tudo o que tinha acontecido”, recorda.  

Ele revela que contou também com auxílio profissional para enfrentar aquela situação. “Depois disso, eu tive ajuda psicológica para poder clarear sobre como eu poderia seguir esse caminho da melhor forma. Em um primeiro momento tive essa ajuda e, apesar de ter morado sozinho com ele, eu tive todo um apoio por trás. Ainda bem que ele era muito bonzinho, dormia 12 horas por dia e me deixava dormir à noite”, brinca o pai.

Ele salienta que o apoio psicológico foi muito importante naquela ocasião. “Tanto eu, como quem estava à minha volta, estávamos muito perdidos porque era uma situação completamente nova, ao mesmo tempo que tinha acabado de ser muito traumática. Precisávamos de um norte, de um caminho, precisávamos saber o que iríamos fazer. E principalmente em relação à criação dele, conforme fosse crescendo, como iríamos lidar com essa situação”, acrescenta.

Felipe confirma que todas as atitudes foram tomadas para assegurar o bem-estar da criança. “Desde o início, eu me dediquei muito para que tudo ficasse bem. Para ele estar bem aqui hoje, houve muito amor, muito cuidado, muito carinho e muita pegação no pé, porque temos que educar, faz parte do jogo. E durante todo esse processo, fui me tornando pai. Apesar de lá atrás não estar nos planejamentos ser pai, acabamos virando uma chavinha dentro da nossa cabeça e tentamos executar da melhor forma possível”, explica.

Após todo o momento conturbado, Felipe conheceu a jornalista Fernanda Andrade, com quem veio a se casar. “Depois de toda essa turbulência, eu encontrei uma pessoa maravilhosa que entrou na minha vida e casamos. Uma das coisas que eu queria muito era dar uma estrutura de família para o Arthur e isso foi muito positivo. Hoje a Fernanda é a mãezinha dele aqui na Terra e o amor dos dois é lindo. É uma satisfação ver ele bem, ver que conseguimos dar uma estrutura de família e de estar com uma pessoa bacana. Com certeza é um orgulho”, menciona.

Ele deixa a sua mensagem para os pais de Araraquara. “Eu sei o quanto é difícil, é árduo, é trabalhoso cuidar de um filho, mas eu acho que devemos fazer isso da melhor forma possível. Tem que educar, tem que estar perto. A criança precisa de boas referências. É preciso dar boas referências, estar perto e construir memórias. Isso é o mais importante, porque no final das contas, quando somos adultos, o que fica são as memórias afetivas. O que você mais guarda e que te dá mais alegria são as memórias afetivas. Eduque, cuide, dê muito amor, muito carinho, pegue muito no pé, porque as crianças precisam disso. Lá na frente, pode ter certeza de que elas serão muito gratas pelas memórias que vão ter conosco”, conclui Felipe.

Redação

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