José Augusto Chrispim
O Canil do 13º Batalhão da Polícia Militar sediado em Araraquara completou nessa quarta-feira (22), 54 anos de serviços prestados à população da cidade e região. Hoje com 13 cães, unidade realiza atividades policiais em diversas áreas.
Inaugurado em 22 de agosto de 1964, o Canil Setorial do 13º Batalhão PM é o segundo mais antigo do Estado, sendo mais novo apenas que o Canil Central localizado na Capital paulista. O Canil foi fundado sob o comando do tenente coronel Aderito Augusto Ramos que comandou o 13º Batalhão entre 1961 e 1965, com o apoio do Lions Club, que construiu a sede e fez a doação de cinco cães Pastores Alemães. Para os companheiros de farda, o coronel Aderito foi um visionário modernista para a sua época, já observando as mudanças a nível mundial das polícias internacionais, que já empregavam cães no patrulhamento, devido à eficiência alcançada nas 1ª e 2ª Guerras Mundiais.
Produtividade
Com foco principal no combate ao tráfico de drogas, o Canil local presta serviços às 18 cidades pertencentes ao 13º Batalhão e a toda região do Batalhão de São Carlos e Porto Ferreira. A média mensal de apreensões de drogas em Araraquara com o apoio dos cães é de 5 quilos mensais, entre maconha, crack e cocaína.
Entre as atividades desenvolvidas pela equipe do canil PM está o patrulhamento a pé e motorizado, apresentações cívicas, ações de choque, palestras em escolas, faro de drogas e explosivos, busca de pessoas perdidas e foragidas, entre outras.
Diversidade de raças e empregos
Hoje o Canil PM de Araraquara que pertence à Companhia de Força Tática, possui 13 cães, entre eles, cinco Pastores Belgas de Malinois, que têm as funções de faro de drogas e policiamento/choque. Já os dois Rottweiler são utilizados no policiamento/choque, enquanto um cão da raça Beagle e um Labrador são usados no faro de drogas. Nas buscas a pessoas perdidas ou foragidas em região de mata, os PMs contam com dois animais da raça Blood Rond.
Histórico do Canil em São Paulo
O Canil Central da Polícia Militar começou a funcionar em 15 de setembro de 1950, quando o então capitão da Força Pública Djanir Caldas trouxe da Argentina técnicas da cinotecnia, uma ciência que estuda o comportamento dos cães. Os trabalhos começaram com quatro cães da raça Pastor Alemão, também vindos do país vizinho ao Brasil.
Atualmente, o Canil Central conta com 36 cães treinados de nove raças diferentes, entre elas, pastores alemães e belgas e labradores. A unidade, que é subordinada ao 3º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq), conta com cerca de 120 agentes e 20 viaturas. Ao todo, são quase 300 cães treinados distribuídos por todo o Estado.
Para ingressar na unidade, os animais passam por testes comportamentais, morfológicos e genéticos. Os cães selecionados são treinados por cerca de um ano a um ano e meio, em média. Eles trabalham até os oito anos e, após a aposentadoria, são encaminhados para adoção. Nesse processo, tem prioridade o PM que trabalhou por mais tempo com o cão.
A Polícia Militar conta com 23 canis setoriais espalhados pelo Estado, além da unidade central paulistana. Apenas na Região Metropolitana de São Paulo, há três unidades: em Osasco, Franco da Rocha e Suzano. O 1º Grupamento de Bombeiros (GB), sediado no Cambuci, no Centro de São Paulo, também conta com um canil.
As demais 19 unidades ficam no interior paulista: em Araçatuba, Araraquara, Assis, Barretos, Bauru, Campinas, Jaú, Marília, Panorama, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santos, São José do Rio Preto, Sertãozinho, Sorocaba, Tatuí e Taubaté.