Da redação
Organizado pelo Núcleo MMDC de Araraquara, com apoio da Prefeitura Municipal, acontece nesta terça-feira, 9 de julho, a Cerimônia em homenagem aos 87 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, um movimento deflagrado pelo povo paulista que, literalmente pegou em armas, pelo fim da ditadura de Getúlio Vargas e pela democratização do País. A Revolução de 32 é considerada até os dias de hoje o maior movimento popular espontâneo ocorrido no Brasil em toda sua história.
Deflagrada em 9 de julho de 1932, a epopeia levou 541 araraquarenses para os campos de batalha, inclusive uma mulher, Dona May de Souza Neves, esposa do doutor Camilo Gavião de Souza Neves, médico e interventor (Prefeito) de Araraquara no início dos nos 40. Dona May serviu como enfermeira na capital. O conflito, que durou três meses, ceifou a vida de sete araraquarenses, seis mortos em combate e um em acidente de trânsito.
Enterrados onde tombaram, todos tiveram seus corpos reclamados e recuperados pela Prefeitura de Araraquara, que os sepultou no Mausoléu ao Soldado Constitucionalista, inaugurado em 9 de julho de 1934 na entrada principal do Cemitério São Bento.
Em seu descanso eterno, os araraquarenses Tenente Joaquim Nunes Cabral, Bento de Barros, Diógenes Muniz Barreto, Waldomiro Machado, José Cesarini, Joaquim Alves e Otávio de Oliveira Ameduro tiveram a companhia de Augusto Moraes, soldado constitucionalista de origem desconhecida, mas que perdeu e vida em batalha lutando ao lado do araraquarense Tenente Joaquim Nunes Cabral, com os dois sendo enterrados juntos pelos companheiros de farda.
Quando a Prefeitura de Araraquara reclamou o corpo de Nunes Cabral e seus despojos foram exumados, não se conseguiu identificar quem era ele e quem era Moraes, visto que os corpos em decomposição se misturaram. Foi então que as autoridades araraquarenses da época decidiram trazer Moraes e lhe dar a moradia eterna ao lado dos heróis da cidade.
O mausoléu ao Soldado Constitucionalista, túmulo dos araraquarenses mortos em 32, é o mesmo monumento que hoje enfeita a “Rotatória do Soldado”, na avenida Bento de Abreu, para onde foi levado no início dos anos 70 com o intuito de perpetuar a história do movimento revolucionário, considerado até os dias atuais como o maior movimento popular espontâneo da história do País.