O preço da cesta básica segue trajetória de alta em Araraquara. Segundo pesquisa mensal do Núcleo de Economia do Sincomercio, o custo médio dos itens avaliados na cidade em outubro atingiu R$ 843,14, um aumento de 1,04% em relação ao mês anterior, quando o valor era de R$ 834,50.
Os produtos que mais influenciaram no resultado foram do grupo de alimentação. Eles são: batata (51,8%), açúcar refinado (5,8%), o contrafilé bovino (5,6%), extrato de tomate (5,4%) e café torrado e moído (5,2%). Já as maiores quedas foram registradas no alho (-7,4%), no acém bovino (-7,3%), nos ovos brancos (-2,8%), no biscoito maisena (-2,6%) e na margarina vegetal (-2,0%).
Atualmente, o valor da cesta básica araraquarense representa 76,65% do salário mínimo, valor 0,69 ponto percentual acima do registrado no mês anterior, de 75,96%. Em outubro de 2020, o custo médio da cesta avaliada representava, em média, 68,9% do salário mínimo vigente à época.
João Delarissa, economista do Núcleo de Economia do Sincomercio Araraquara, pontua o que, na prática, esses valores representam: “O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, para um trabalhador que recebe o piso nacional vigente de R$ 1.100,00, em outubro, ficou em 168 horas e 38 minutos, aproximadamente. Essa jornada é superior ao mês de setembro, quando eram necessárias 166 horas e 54 minutos de trabalho para consumir a mesma cesta”.
Depois de reduzir 2% no primeiro trimestre de 2021, o conjunto dos produtos voltou à trajetória de alta, subindo 4,2% e 4,0% no segundo e terceiro trimestres, respectivamente. E com mais uma alta de outubro, já são três meses de aumentos expressivos, reflexo do encarecimento dos itens de alimentação, sobretudo.
No entanto, “Apesar do aumento de 1,04% em outubro, houve uma desaceleração na inflação dos itens essenciais em comparação com o mês de setembro, quando a alta de 2,47% superou o 1,90% registrado em agosto de 2021”, afirma Delarissa.
A variação acumulada em 2021 é de 7,37%. Entre janeiro e outubro de 2021, os produtos com maior variação positiva foram: café torrado (55,0%), açúcar refinado (50,8%) e frango resfriado (32,3%). Já os produtos que sofreram maior variação negativa foram a cebola (-35,8%), o arroz branco (-14,9%) e a batata (-4,8%).
Comparação anual
Em média, nos últimos 12 meses, o preço dos itens avaliados acumula alta de 17,10%. Entre novembro de 2020 e outubro de 2021, os produtos que registraram maior variação positiva foram: açúcar refinado (68,7%), café torrado (56,9%) e frango resfriado (46,1%). Já as quedas foram apontadas apenas em quatro itens: cebola (-29,8%), queijo muçarela (-9,2%), arroz branco (-7,9%) e água sanitária (-7,5%).