Segundo Délis Magalhães, economista do Sincomercio, este é o quarto mês consecutivo que o ICC continua acima da linha de 100 pontos. Oíndice varia de 0 a 200 pontos, sendo que a partir dos 100 é identificado otimismo entre os consumidores e abaixo dos 100 significa pessimismo.
A variação positiva foi impulsionada principalmente pelo IEC (Índice de Expectativas Futuras), que após dois meses de queda, apresentou uma retomada e aumento de 11,4% frente ao mês anterior. “O vislumbre de um novo ano influencia diretamente no otimismo do consumidor. Mesmo assim, a projeção para 2018 é de muitas oscilações no IEC devido às eleições políticas que geram incerteza e falta de segurança nos consumidores em relação ao futuro do país”, afirma a economista do Sincomercio.
O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA) também apresentou crescimento, com alta de 3,1% em relação ao mês anterior. O recebimento do décimo terceiro salário em dezembro tem influência direta no resultado, uma vez que passa a sensação de aumento de poder aquisitivo. “Quando o consumidor pensa em realizar a aquisição de um bem, ele leva em consideração a sua renda disponível no momento e também suas perspectivas de renda no futuro”, avalia Délis.
Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pelo Sincomercio e recebe o nome do mês da divulgação, ou seja, o ICC coletado em dezembro e divulgado em janeiro é denominado ICC janeiro e assim sucessivamente.
Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
A metodologia do ICC foi desenvolvida pela FecomercioSP com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan (EUA). No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia à realidade brasileira.