Início Araraquara Dengue: cuidados começam dentro de casa

Dengue: cuidados começam dentro de casa

Prefeitura de Araraquara alerta que focos não estão apenas nos quintais, mas nos cômodos das residências

Mesmo com a situação da dengue controlada na cidade, a Prefeitura de Araraquara, por meio da Gerência de Controle de Vetores da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, orienta a população a manter seus cuidados para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Embora muitos esforços sejam concentrados em medidas de controle externo, é igualmente crucial adotar precauções dentro de casa para impedir a reprodução desse mosquito e reduzir os riscos à saúde da família.

Alessandra Cristina do Nascimento, gerente de Controle de Vetores, explica que é importante o morador permitir a vistoria intra-domicílio (dentro de casa) por parte dos agentes da Prefeitura. “Nossas equipes já encontraram focos de larvas não somente em pratos de plantas, mas também em bebedouro de água de uso da família, bandeja de geladeira, aquários, box de banheiro, plantas cultivadas em água ou gel, climatizadores de ar e até em água para aparelho ortodôntico ou prótese dentária.  Isso demonstra que o mínimo de água é suficiente para o mosquito se desenvolver. É importante frisar que a fêmea do Aedes Aegypti prefere estar dentro de casa e só vai procurar criadouros na parte externa caso não encontre dentro. Isso facilita para ela pois precisa do sangue na produção dos ovos”, ressalta.

Juliana Catarina Orizo, supervisora das equipes de Imóveis Especiais (IE) e Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Vigilância Epidemiológica, aponta o principal motivo para as pessoas manterem os cuidados dentro de suas residências. “O tempo que os ovos do Aedes sobrevivem sem água nos recipientes é de até 450 dias, por isso é importante o hábito de lavar a parte interna dos recipientes pelo menos uma vez na semana para que os ovos sejam eliminados. Independente do tempo que esse ovo ficar sem contato com água ,quando entrar em contato ele vai eclodir em 15 minutos. Além disso, a fêmea é a única que se alimenta do sangue, portanto tem o hábito de ficar dentro das casas”, salienta.
A supervisora também destaca a importância da população receber as equipes para a vistoria. “Em média, são visitadas 50 mil casas por mês. Dessas, conseguimos vistoriar de 50 a 55%, por isso é muito importante os munícipes atenderem os agentes”, completa Juliana.

Dicas para combater o Aedes aegypti

É importante as pessoas verificarem constantemente se há locais com água parada dentro de casa. Qualquer ponto de umidade, mesmo em espaços muito pequenos, pode se tornar o lugar favorito do mosquito para depositar seus ovos.

Certifique-se de que as caixas d’água e outros reservatórios estejam bem fechados e vedados, evitando a entrada do mosquito. Essa medida simples pode evitar a contaminação da água de consumo. Os recipientes de água dos animais de estimação também podem se tornar criadouros do mosquito. Lave e troque a água dessas vasilhas diariamente. As bandejas de geladeiras e ar condicionado devem ser lavadas semanalmente com escova e uma colher de sopa de detergente.

Instale telas nas janelas e portas para impedir a entrada dos mosquitos em casa. Isso é especialmente importante durante os horários de maior atividade do Aedes aegypti, que são ao amanhecer e ao entardecer. Lixo acumulado pode atrair insetos e se tornar um ambiente propício para a proliferação de mosquitos. Mantenha as lixeiras bem fechadas e faça a coleta regularmente.

Despejar detergente e sal nos ralos semanalmente ajuda a criar um ambiente menos propício para a reprodução do Aedes aegypti nesses espaços. A quantidade a ser despejada depende do tamanho do ralo. Para evitar que o mosquito encontre um lar nos aquários, mantenha-os tampados ou com uma tela. Essa precaução impede que o Aedes aegypti deposite seus ovos logo acima ao nível da água, na parede do recipiente. Banheiros pouco utilizados podem se tornar focos de proliferação. Mantenha o box e a banheira sempre secos. Para o vaso sanitário, abaixe a tampa após o uso e, se não for usado por um tempo, cubra-o com plástico fixado com fita adesiva.
Nos quintais, os locais mais propícios para a geração da larva são vasos de plantas, baldes, pneus velhos e até mesmo pequenos recipientes podem acumular água e se tornar criadouros. Calhas e ralos entupidos podem reter água parada e se tornar áreas propícias para a reprodução do Aedes aegypti. Limpe essas áreas com frequência e garanta que a água flua livremente. Piscinas, fontes e banheiras de hidromassagem devem ser mantidas adequadamente tratadas e limpas. A água tratada dificulta a reprodução dos mosquitos. Caso não estejam em uso, considere cobri-las para evitar o acúmulo de água.

Além das medidas de prevenção dentro de casa, é importante proteger a si mesmo e à família ao sair. Use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelentes de mosquitos, especialmente durante os períodos de maior atividade do Aedes aegypti.

Mais informações

A prevenção do mosquito Aedes aegypti é uma responsabilidade de todos. Ao adotar essas medidas dentro de casa, cada indivíduo contribui para a redução do risco de doenças transmitidas por esse vetor. A conscientização e a ação coletiva são fundamentais para garantir um ambiente seguro e saudável para a comunidade.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica, que é o 0800-7740440, ou pelos telefones 3303-3115 ou 3303-3104.

Redação

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