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Deputado Douglas Garcia é expulso do PSL

O PSL expulsou hoje os deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por manifestações de ataques aos STF (Supremo Tribunal Federal) e seus ministros.

A sigla determinou a saída dos deputados após reunião do Conselho de Ética da executiva estadual em São Paulo. Os dois já estavam suspensos do partido desde o dia 28, por causa das investigações do STF a respeito do suposto envolvimento dos deputados na disseminação de fake news.

Em nota, o PSL afirmou que as expulsões foram por “práticas que afrontam o estatuto do partido, ao qual todos os filiados são submetidos, especialmente no que se refere ao seu artigo 7º do Código de Ética, que veda atividades políticas contrárias ao regime democrático”.

“Aos dois representados foi dado irrestrito direito de defesa, onde não negaram os fatos a eles imputados”, acrescenta a nota.

“O PSL tem, em seus princípios históricos, a defesa da democracia e o fortalecimento das instituições como fundamentos inalienáveis, pelos quais todos que optem por se filiar ao partido tem ciência clara e ampla”, diz a legenda.

Em junho, o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), assinou o afastamento dos deputados das atividades relacionadas a então sigla deles na Casa.

‘Gabinete do ódio’

Em junho, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil contra Garcia para investigar suposto “gabinete do ódio” na Alesp.

Garcia teria permitido que seu chefe de gabinete, Edson Pires Salomão, utilizasse equipamento público da Alesp para atacar ministros do Supremo Tribunal Federal e adversários políticos, como a deputada Joice Hasselmann.

O inquérito que investiga suposta prática de atos de improbidade administrativa se deu após representação encaminhada pelo deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP).

Segundo o inquérito, consta na representação que Salomão gravou vídeos e realizou diversas postagens no interior do gabinete do deputado com recursos públicos e durante o horário de expediente.

Salomão está entre os alvos de busca e apreensão da Polícia Federal, realizada após ordens judiciais expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news comandado pelo STF.

Já Garcia, que mantém um assessor parlamentar em Araraquara,está na lista dos deputados que o ministro do Supremo pretende ouvir. Ele é ligado ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

 

 

Redação

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