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Deputado Estadual Douglas Garcia, um jovem conservador

Suze Timpani

Eleito pelo PSL como deputado estadual mais novo na ALESP, Douglas Garcia tem 24 anos, é da capital paulista e faz parte da Direita São Paulo onde fará parte da bancada conservadora.

Em Araraquara ele obteve 614 votos, contando com a ajuda de sua militância na cidade. Dentre elas a Direita São Paulo – Araraquara, comandada por Rodrigo Ribeiro que a partir do próximo ano será assessor parlamentar do deputado na cidade. Garcia entende que é necessário ter pessoas comprometidas com suas pautas nos locais onde teve votação, “um deputado Estadual pode ter de 16 a 32 assessores, eu terei cerca de 20, para que consiga representar as cidades a qual tive votação expressiva”, sua votação no estado foi de 74.351, sendo o sexto mais votado do partido.

Nesse ultimo sábado, Garcia esteve na cidade para agradecer os votos a ele empenhados e também visitar vereadores para saber o que a cidade necessita nesse momento.

O deputado participou de reunião na Câmara Municipal com o vereador Elias Chediek (MDB) para saber das prioridades da cidade e deixou claro que as portas de seu gabinete estarão abertas, seja para emendas parlamentares ou parte estrutural, além de saúde e educação. Na reunião tomou conhecimento do projeto Parque dos Trilhos onde o vereador pretende implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e disse que pretende trabalhar para sua implantação, inclusive articulando com ministros e governo Federal, já que faz parte do mesmo partido e tem livre acesso.

Para Douglas a política já apresenta melhoras devido à renovação feita para a próxima legislatura, “pessoas que gastaram milhões não se elegeram eu gastei em minha campanha R$ 3.500, foi considerada a mais barata do Brasil para deputado Estadual. Não necessitei ter a mesma conduta da velha política para angariar votos, as pessoas hoje querem controlar os políticos e os que entenderam que o político deve servir ao povo é que foram eleitos”.

Douglas é de certa forma um parlamentar polêmico e já se envolveu antes mesmo de assumir, em um entrevero com o atual deputado Estadual do PSOL Carlos Alberto Giannazi, que chamou uma audiência pública para falar mal do projeto “Escola sem Partido”. Segundo ele “não se convoca uma audiência pública para falar mal e sim para saber a opinião do povo a respeito do projeto, então procurei o deputado Giannazi e disse que todos que fariam parte da mesa eram contra o projeto, inclusive a deputa eleita Maria Izabel Noronha, a Bebel (PT) da Apeoesp. Pedi a oportunidade de defender o Escola sem Partido, nem que seja ocupando uma cadeira na mesa, mas, não fui sequer atendido por ele. No dia da audiência fui até o plenário sozinho, para conversar com o deputado pedir a oportunidade de falar, mas para garantir minha integridade fui filmando com meu celular, mas ele se “enfezou”, me agarrou pelo paletó e me chacoalhou, quando uma senhora que estava lá (Ana Cláudia) começou a gritar que ele estava me agredindo. Giannazi ficou ainda mais nervoso e jogou o microfone que estava em sua mão nela, atingindo-a, onde ela fraturou o braço e ficou 15 dias com gesso e atestado médico. Eu fui até a delegacia, onde registrei BO e a senhora também o fez. Vou processar o deputado dentro e fora da Assembleia e o processo vai para o conselho de ética. Foi uma situação que poderia ter sido evitada se o deputado tivesse ao menos me ouvido quando eu o procurei”, disse o deputado.

Douglas acredita que o programa Escola sem Partido será aprovado em São Paulo, pois já tem maioria favorável e não entende o projeto como censor e sim que os professores precisam tratar de política em sala de aula de forma neutra, colocando sempre pluralidade de ideias, pensamento crítico e acima de tudo liberdade de pensamento e expressão aos alunos. “Quem não deve tomar partido é o agente público”, afirma Douglas.

Outra mudança na Alesp pode chegar com o nome de Janaina Pascoal (PSL), concorrendo à presidência da casa, segundo Douglas a Assembleia hoje é um enorme cabide de emprego que Janaina tem a intenção de colocar um fim, tirar também o poder do colégio de líderes que na sua visão usurpa o papel do plenário decidindo quais pautas devem ir para votação, quer acabar também com órgãos que não sejam regimentais, deixando a casa mais enxuta, para que a população pare de pagar uma Assembleia cara e sem produtividade. “Hoje a Câmara de Araraquara produz mais que a Alesp, para se ter uma ideia”, afirmou.

O deputado pretende defender em seu mandato pautas conservadoras, como:  Escola sem Partido, proibir a ideologia de gêneros, aborto, cortar repasses de dinheiro público para agendas LGBT, movimento negro, movimento feminista e colocar o dedo na ferida do ativismo judicial que, segundo ele, toma conta do Ministério Público. Quer também reduzir impostos estaduais, burocracias e trabalhar por privatizações, para aquecer a economia, garantindo assim que todos tenham acesso a postos de trabalho, educação, sem criar desigualdades e acirramento entre classes. Defende também a reforma na educação colocando fim no “sócioconstrutivismo” de Paulo Freire e progressão continuada, militarização da escola pública, onde alunos devam conviver com respeito e disciplina.

Redação

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