Da redação
Um caso envolvendo a morte de um detento do Anexo de Detenção Provisória (ADP), que fica no interior do complexo da Penitenciária de Araraquara, chamou a atenção na madrugada dessa quinta-feira (7). A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) foi procurada pela reportagem para informar sobre as circunstâncias do óbito, mas até o fechamento desta edição não havia enviado a resposta.
De acordo com o apurado com exclusividade pela reportagem do O Imparcial, por volta de meia noite dessa quinta-feira, um preso do ADP de Araraquara, identificado como Fabrício, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, já sem vida. O que chamou a atenção é que ele apresentava rigidez cadavérica, além de estar com os punhos fechados e braços acima do corpo, características de quem já havia morrido há várias horas. Porém, os funcionários da unidade prisional que conduziram o detento teriam relatado que ele havia saído da cadeia conversando. Isso teria gerado questionamento do médico da UPA que constatou que ele estaria na segunda rigidez cadavérica o que significa que o mesmo já estaria morto há pelo menos quatro horas.
A reportagem apurou também com agentes que preferiram não se identificar por medo de represálias, que a vítima estava com o uniforme de trabalho da penitenciária, todo sujo. Fato esse que chamou a atenção dos funcionários, pois os presos param de trabalhar as 16h30, o que significa que ele não teria voltado para a sua cela para tomar banho e trocar de roupa.
A pergunta que fica é se ele teria passado mal e sido levado para a enfermaria com a roupa suja no final da tarde. Mas por que só foi socorrido a meia noite?
Até o fechamento desta edição, a SAP não havia respondido aos questionamentos da reportagem sobre o assunto.
Confirmação do óbito
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente em questão chegou já em óbito à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) Central, por volta das 23h45 dessa quarta-feira (6), transportado pela ambulância da penitenciária. O corpo foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal).