Nesta terça-feira (21), Araraquara celebrará
— antecipadamente
— o Dia da África, que é comemorado anualmente em 25 de maio, data de aniversário da fundação da Organização da Unidade Africana (OUA). A Prefeitura de Araraquara, por meio da Coordenadoria de Políticas Étnico-Raciais, desenvolveu uma programação que será oferecida à noite na Casa SP Afro Brasil “Oswaldo da Silva – Bogé”, que fica na Avenida Paulo da Silveira Ferraz, 1195, Vila Xavier.
A agenda terá início às 20h com uma performance afro da professora e coreógrafa Giovana Cândido e em seguida será realizada uma roda de conversa com o tema “Os desafios do continente Africano no século XXI: Novas configurações geopolíticas para o desenvolvimento sustentável”.
Os participantes
Bernardita Nseng Mba Nchama vem da Guiné Equatorial. É formada em pedagogia e graduanda em administração pública na Unesp de Araraquara.
Ayolsé Santos é de São Tomé e Príncipe. É doutorando em ciências políticas-UFPEl e membro da comunidade acadêmica africana de São Carlos (CAASCAR)
Jacqueline Carina também é da Guiné Equatorial. Está no Brasil há quatro anos e em Araraquara há quase dois anos, onde fez o curso de Promotora Legal Popular em 2023. Cursa o técnico em recursos humanos no Senac.Atualmente é bacharelanda em relações internacionais na Uninter e graduanda em pedagogia na Unesp de Araraquara.
Dagoberto José Fonseca é professor livre docente/catedrático da Faculdade de Ciências e Letras – Campus Araraquara – da Universidade Estadual Paulista (Unesp), coordenador do Centro de Estudos das Culturas e Línguas Africanas e da Diáspora Negra (Cladin) e do Laboratório de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e da Diversidade (Lead) e coordenador científico do Núcleo Negro da Unesp para a Pesquisa e Extensão (Nupe) vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unesp. Docente do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras mencionada e do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do campus da UNESP em Franca. Escritor e poeta de livros infantis, infanto-juvenil, acadêmicos e científicos, tem obras publicadas no Brasil, Angola, França, Portugal, México e Moçambique. Sua última obra publicada foi “Um povo, duas nações: Angola e Brasil – o mundo Bantu no Atlântico”, pela Editora Dandara (2024).
Culinária africana
O evento desta terça-feira terá ainda uma degustação da culinária africana. Será oferecido o molho de modica, que é um prato típico da Nigéria, onde é chamado de Sopa Ogbono. Chegou à Guiné Equatorial com migrantes nigerianos por volta de 1920. Vale salientar que modica é a semente da manga selvagem (irvingia gabonensis), também conhecida como manga africana, manga do mato ou dika. Embora a fruta inteira seja comestível, apenas as sementes são utilizadas para preparar esta receita. O caldo é acrescentado ao tomate, frango, pimentão, cebola, entre outros ingredientes e pode ser servido com arroz.
Objetivo da programação
A programação conta com a participação e colaboração dos universitários africanos da Comunidade Acadêmica Africana de São Carlos e Região (CAASCAR).
A coordenadora municipal de Políticas Étnico-Raciais, Alessandra Laurindo, destaca o propósito da agenda. “O objetivo dessa programação é integrar a comunidade acadêmica africana com a comunidade negra brasileira, além de todas as pessoas que tenham interesse em desconstruir uma África imaginária e ressignificar a visão de uma história que foi erroneamente contada. A participação de professores e educadores será de suma importância no sentido de aprimorar uma educação antirracista. Em Araraquara, temos instituído a Semana Municipal da África visando promover a unidade, a integração, a solidariedade e a coesão entre os povos africanos, como forma de gerar a interconexão entre nossos países”, ressalta.
É necessária a confirmação da presença pelos telefones (16) 3322-8316 e 99626-9466.
