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Dia das Mães e o amor incondicional

Ariane Padovani

 

O laço entre uma mãe e um filho começa a se formar assim que a gravidez é descoberta. A notícia traz mudanças físicas e emocionais imediatas, principalmente quando se trata da primeira gestação. O amor vai crescendo junto com a barriga, se avolumando dentro da mulher e transborda quando mãe e filho se encontram pela primeira vez. É aí que ela entende de verdade o que é amor incondicional. Um amor que não se compara a nenhum outro.

A dentista Joselaine Aparecida Maciente, de 30 anos, que há 50 dias deu à luz ao pequeno Felipe, fruto do seu casamento com Ivan Ricardo de Souza, de 37 anos, sabe bem o que é isso. Desde menina ela tem o sonho de ser mãe e viver as dores e as delícias da maternidade. Hoje é seu primeiro Dia das Mães com o bebê e está ansiosa para comemorar a data ao lado do marido.

“Foi uma felicidade imensa quando descobri que estava grávida, eu nem conseguia acreditar”, contou. “Com o passar dos meses, a barriga foi aparecendo e a ficha foi caindo aos pouquinhos e junto com ela crescendo o meu sentimento como mãe, mas nada comparado a quando escutei o chorinho dele pela primeira vez, quando vi o rostinho dele, porque você passa os nove meses imaginando como vai ser aquele bebê, como vai ser aquele amor, e quando nasce a gente percebe como é grande o amor que a gente sente. Não tem nada comparado a esse sentimento”, explicou.

As dificuldades com a amamentação nos primeiros dias, as noites mal dormidas, as horas a fio dedicadas aos cuidados do bebê, a atenção redobrada, as inúmeras preocupações… Tudo isso perde a importância a cada sorriso sincero, olhar amoroso e pequena vitória conquistada pelo filho. As primeiras palavras balbuciadas, o primeiro passo sem ajuda, o primeiro dia na escola e a formatura são exemplos de momentos que acendem o orgulho e a sensação de que a missão está sendo cumprida com sucesso.

“Foi difícil saber lidar com a amamentação, porque o meu leite demorou para descer, e eu sofri bastante, porque eu tinha que entrar com suplementos e ficava chateada por não ter leite, mas depois desceu e, graças a Deus, hoje ele mama no peito”, declarou Joselaine. “Fui presenteada com um bebê super bonzinho, um amorzinho na nossa vida e tudo o que eu quero é dividir esse primeiro Dia das Mães com o meu marido. É um momento de família, não vejo só como o meu dia”, finaliza.

Encontro de almas
Mas nem sempre um filho é gerado no ventre da mulher, em alguns casos o amor nasce em um encontro bem longe da sala de parto. Uma prova disso é a jornalista Fernanda Andrade, de 36 anos, que se tornou mãe quando conheceu o atual marido, Felipe Cabrera Padovani, de 31 anos, viúvo há poucos tempo e pai do pequeno Arthur.

“Sempre gostei muito de criança e ter um filho era uma coisa que sempre esteve nos meus planos de vida, porém nunca podia imaginar a forma que o meu ia chegar. Mas hoje vejo que chegou da melhor forma, ganhei dois amores de uma só vez”, relatou Fernanda.

O caso do Arthur Alves Cabrera Padovani, hoje com cinco anos, ganhou notoriedade em Araraquara em 2014, quando a então esposa de Felipe, Patrícia Alves, descobriu que estava grávida após a segunda sessão de quimioteria que a ajudaria a se tratar de um câncer. Mesmo sabendo do alto risco, Patrícia suspendeu seu tratamento para não prejudicar a gestação. Em sua 26ª semana de gravidez, ela precisou passar por uma cesárea de emergência e faleceu uma semana depois. No início, Felipe também fez o papel de ‘mãe’ e contou com a ajuda da família, principalmente de sua mãe, Silvia Regina Cabrera.

Felipe e Fernanda se conheceram quando Arthur estava com cinco meses e, além de namorada, ela também se tornou mãe. “Pude acompanhar as fases de mudança, a primeira papinha, os primeiros passinhos e junto com o nosso tempo de namoro, noivado e casamento o Arthur fez nascer em mim um sentimento que nunca tinha vivido antes, me fez conhecer um amor incondicional. Sou capaz de fazer qualquer coisa por ele. Aprendi e ainda aprendo muito com o Arthur. Hoje, o tenho como meu filho, penso que ele não nasceu de mim, mas nasceu para mim. Não tem nada melhor do que acordar com um beijo dele de bom dia. Hoje eu sei o que é ser mãe e aprendi de uma forma muito especial”, revelou.

Esses são casos que ilustram a grandeza do dia de hoje, que é feito para agradecer e presentear àquelas pessoas que são capazes de dar suas vidas a seus filhos e que veem a felicidade deles como seu maior objetivo e presente.

 

Redação

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