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Dia Mundial de Combate à Tuberculose é lembrado hoje

Neste domingo (24), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. O professor do curso de Biomedicina da Universidade de Araraquara – Uniara, Adilson César Abreu Bernardi, traz diversos dados e fala sobre a doença.

 “É uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, que causa doença pulmonar e extrapulmonar, em outros órgãos. É epidêmica e uma das dez principais infecciosas e causadoras de morte no mundo, principalmente em pessoas debilitadas – com diabetes, fumantes ou que consomem muito álcool, por exemplo -, desnutridas e com problemas imunológicos, como os indivíduos portadores do HIV, que são os maiores alvos da bactéria”, comenta o docente.

Ele aponta que a doença, “infectocontagiosa bastante grave, é um problema ainda maior devido ao desenvolvimento da resistência aos antibacterianos, utilizados para sua erradicação”. “A Organização Mundial de Saúde – OMS é a responsável pelas campanhas e ações de combate à tuberculose no mundo. Estima-se que, por ano, surjam dez milhões de novos casos. Geralmente é uma proporção de dois homens para uma mulher – a OMS fala em 5,8 milhões de homens para 3,2 milhões de mulheres, além de um milhão de crianças. Desse total, 9% são portadores de HIV”, informa.

É um grupo de pessoas, segundo o professor, que contrai a doença, “sendo que 5% a 10% a desenvolvem de forma ativa no organismo”. “Muitos acabam sendo portadores do bacilo pelo contato aéreo direto, e isso traz consequências, visto que acabam disseminando a patologia. Hoje, em função desse risco e da mortalidade intensa, a OMS faz campanhas para a prevenção da doença, principalmente por meio dos Ministérios da Saúde, para a capacitação de pessoas que trabalham especificamente para isso. Desde 1997, a Organização publica relatórios anuais sobre a situação da tuberculose, e tenta atuar, por meio dos setores de saúde dos países, na parte de políticas públicas e na sua implementação. E, com os avanços tecnológicos, faz projeções para os próximos anos”, explica.

Em função do método preventivo que a OMS vem fazendo, Bernardi conta que a Organização tem salvado 54 milhões de vidas durante o período desses estudos. “Ela diz que foram diagnosticados 6,4 milhões de novos casos de tuberculose, e conseguiram erradicar o problema com sucesso nos tratamentos, diminuindo bastante essas taxas. Principalmente por falhas no tratamento – alguns indivíduos não o seguem à risca -, a OMS busca mostrar esse conhecimento a essas pessoas devido ao problema da multirresistência. Há doentes cujas drogas já não eliminam mais o bacilo, e isso é perigoso”, alerta.

O docente ressalta que o Dia Mundial de Combate à Tuberculose “é importante para mostrar que a doença é ativa e comum no nosso meio”. “As pessoas não têm noção disso. Elas adoecem, e sendo uma doença crônica, acabam descobrindo quando já se passaram três ou quatro meses da infecção. Às vezes, podem buscar tratamentos paliativos por acharem que é um resfriado, visto que é uma doença inicialmente pulmonar”, comenta.

Redação

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