Neste domingo, dia 8 de novembro, é comemorado o “Dia Mundial do Urbanismo”. As professoras do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Araraquara – Uniara, Maisa Fonseca de Almeida e Alessandra de Lima, explicam o que é urbanização e analisam tendências e o processo no Brasil.
“A urbanização está associada à ação de urbanizar os assentamentos humanos, à transformação do território e ao desenvolvimento das cidades. Essa prática exige o estudo do território a partir de diversas perspectivas e campos do conhecimento, e está relacionada ao campo de atuação do arquiteto e urbanista. Nessa ação de urbanizar, dota-se o espaço de infraestrutura – água, esgoto, energia etc. -, com a construção de habitação, equipamentos de saúde, educação e cultura, entre outros, e definem-se espaços de convívio, ócio e lazer, com praças e parques, oferecendo uma organização administrativa”, explicam as docentes.
Em relação à infraestrutura das cidades, elas mencionam que o Brasil passa por um intenso processo de urbanização, “que tem sido caracterizado, nas últimas décadas, por um grande aumento da população urbana, processo que foi intensificado desde a década de 1940 até os dias atuais”. “Nesse processo, as cidades não necessariamente garantiram um planejamento urbano adequado, o que compromete a qualidade de seus espaços urbanos e do meio ambiente, conformando-se de forma desarticulada com seu contexto ao seguirem modelos de urbanização inadequados com crescimentos horizontalizados. É uma questão que salienta a importância e a necessidade de melhorias na gestão e no planejamento urbano das cidades”, apontam.
A urbanização no Brasil, de acordo com Maisa e Alessandra, foi e tem sido produzida “segundo um processo de ocupação do solo profundamente desordenado, o que revela uma urbanização desigual, caracterizada por uma grande autoprodução de edificações sem o devido acompanhamento e com a ausência de projetos técnicos”. “Alguns dos desafios mais recentes das cidades brasileiras têm sido os fenômenos e desastres, principalmente nos meses de janeiro, fevereiro e março, em relação a chuvas e inundações, deslizamentos, mortes e desabrigados, e expõem alguns dos incidentes climáticos que têm assolado as cidades nos últimos tempos”, alertam.
Outro grande desafio atual, na visão das professoras, está relacionado ao problema de saúde mundial, à pandemia de coronavírus – Covid-19, às cidades e aos seus espaços de convívio social. “Isso traz a necessidade de refletir e repensar seus espaços urbanos e de convívio de modo mais fluído e acessível a todos, com a garantia do direito à moradia e a uma cidade que tenha qualidade ambiental”, colocam as docentes.
Em questão de tendências, Maisa e Alessandra finalizam dizendo que, “devido às transformações climáticas e à pandemia, pode-se considerar que há uma busca maior por novos modelos de urbanização, com conceitos mais ecológicos e uma maior importância e preservação do meio ambiente natural das cidades”.
Informações sobre o curso de Arquitetura e Urbanismo da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.