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Diretora da Fungota destaca humanização do parto

O novo modelo adotado pela Maternidade Gota de Leite visa humanizar o parto, retornando a participação direta de familiares junto à mulher que vai dar à luz. Apresentando o balanço de sua gestão durante dois anos de trabalho, a Diretora Executiva da Fungota, Lúcia Ortiz, enfatizou que os avanços desse novo modelo é motivo de comemorações entre todos os envolvidos.

De acordo com Lúcia, desde o início de sua gestão, há dois anos,  “a proposta era desenvolver ações transformadoras mudando o modelo de gestão da Maternidade. Não só promovendo estabilidade financeira, mas também transformando a forma de cuidar das mulheres que procuram a Maternidade Gota de Leite para seu parto. E, ao longo deste ano, buscamos ações ousadas e agora estamos comemorando.”

A diretora explica que há alguns anos, o nascer era um universo feminino. A parturiente permanecia em casa e as mulheres mais experientes, como a mãe, a avó ou vizinha, auxiliavam no trabalho de parto. Porém, algumas mulheres e bebês precisam da intervenção de um profissional, o que não ocorria antes e por isso havia muitas mortes de mulheres e crianças  ou tinham complicações durante os trabalhos de partos.

Com o parto passando a ser tratado como algo não natural e, com isso, as mulheres passaram a dar à luz em hospitais, dentro dos centros cirúrgicos, através de cesarianas, tirando o conforto da família e passando – muitas vezes – pr violência obstétrica.

Com ressignificação do parto como um ato fisiológico onde a mulher é protagonista, hoje o novo modelo permite que a mulher tenha o bebê dentro do hospital, mas com o resgate dos tempos e sentimentos em que a crianças nasciam em casa.

Com isso, o hospital abriu suas portas para o marido acompanhar a mulher durante todo o trabalho de parto, ou alguém que ela escolha como acompanhante – a mãe ou amiga.

Lúcia ressalta que  a equipe da Maternidade acolhe as mulheres  com “ todo seu conhecimento científico, mas a grande luta agora é para a gente mudar a forma de trabalhar, de modo que a mulher seja a protagonista do seu parto. Ou seja, a mulher participando das decisões a partir dos esclarecimentos de toda a equipe. Com as nossas explicações, ela irá se sentir como alguém que está conduzindo e decidindo sobre o que é melhor para ela durante o trabalho de parto.”

 Este ano, a Gota foi inserida na Rede de Assistência à Mulher, que visa atender a mulher em todas as suas necessidades e níveis de assistência. Nesse sentido, ela está dando suporte às unidades básicas, ao Ambulatório da Saúde da Mulher, e ao Ambulatório de Gestação de Alto Risco, oferecendo exames específicos e, se necessário, acesso à estrutura hospitalar. Com essa inserção, vieram cirurgias de laqueadura e vasectomia, além de exame complexo como vídeo-histeroscopia e cirurgias ginecológicas.

Redação

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