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Docente da Uniara e professora da rede municipal são autores de artigo na Revista Relicário

O professor do curso de Pedagogia presencial da Universidade de Araraquara – Uniara, João Guilherme de Carvalho Gattás Tannuri, e a professora da rede municipal de ensino, Eva Poliana Carlindo, são os autores do artigo “Violência contra mulheres no Brasil: um debate contemporâneo”, publicado na Revista Relicário. O conteúdo pode ser acessado e baixado gratuitamente no link https://bit.ly/3cliZQS.

 “Decidimos escrevê-lo por nossas temáticas de pesquisa serem muito próximas: estudamos há anos as diferentes expressões de violências que se reproduzem dentro da escola. Todavia, no caso do artigo em questão, buscamos compreender o fenômeno da violência que tira a vida das mulheres brasileiras, ou seja, o feminicídio”, explicam os docentes.

Eles comentam que a realidade da violência contra as mulheres brasileiras “é assustadora e tal fato é reconhecido por todos nós”. “É muito comum, nas dinâmicas familiares e em grupos de amigos, reconhecermos em diálogos despretensiosos a realidade de mulheres que viveram situações de violência, seja na forma de agressão verbal, psicológica ou física. Assim, o interesse pela temática nos fez reconhecer a importância do documento intitulado ‘Mapa da violência’, com última publicação no ano de 2015”, relatam.

De acordo com Tannuri e Eva, “a partir desse estudo e igualmente com o respaldo de inúmeras outras pesquisas reconhecidas sobre a temática do feminicídio, pudemos averiguar a crueldade com que se matam mulheres no Brasil: o índice de mulheres assassinadas aqui é 48 vezes maior do que no Reino Unido, 24 vezes maior do que Irlanda ou Dinamarca, e 16 vezes maior do que na Escócia ou Japão”. “Seja por crime de ódio de companheiros e ex-companheiros, o feminicídio é uma infeliz realidade de nossa cultura que, apesar de avanços jurídicos como a Lei Maria da Penha, em vigor desde 2006, continua a preocupar”, alertam.

A conclusão do estudo, segundo os professores, “permite uma abrangência de reflexões sobre como o patriarcado se estrutura nas bases do machismo para infringir direitos e liberdades que são de todos”. “O enfrentamento das diferenças de gênero, que culminam na dominação do corpo da mulher e que afetam sua integridade psíquica, moral e física, não pode deixar de passar pelo olhar da educação. É na disposição libertária da educação que se propõe o respeito mútuo e a igualdade como formas de prevenção das violências e, nesse caso em específico, da misoginia, que culmina no extremo do feminicídio”, finalizam.

Redação

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