| Nesta sexta-feira, dia 3 de março, é celebrado o Dia Mundial da Vida Selvagem. O professor do curso de Biologia da Universidade de Araraquara – Uniara, Márcio Leite de Oliveira, lembra a data e menciona que ela foi escolhida porque neste dia, em 1973, foi comemorada a adoção da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora. “A vida selvagem abrange todos os animais não domésticos e plantas em ambiente natural. Temos razões para celebrar essa dada: a vida silvestre é importantíssima para a manutenção dos serviços ecossistêmicos, tem beleza exuberante e merece o direito de existir”, coloca o docente. Como exemplo de manutenção de serviços ecossistêmicos, ele cita a conservação de animais polinizadores. “Sem o trabalho deles, não há colheita na agricultura. Outro exemplo são os morcegos, que consomem milhares de toneladas de insetos diariamente, contribuindo para manterem baixos os níveis de potenciais pragas agrícolas ou vetores de zoonoses. Aliás, sem morcegos também não temos tequila. São eles que polinizam a agave, planta do deserto que, quando destilada, vira tequila”, explica. Contudo, Oliveira manifesta preocupação em relação à preservação da vida selvagem. “Sua conservação vai muito mal, principalmente no Brasil, onde, nos últimos quatro anos, tivemos seríssimos problemas ambientais. Apesar desse retrocesso, muitas iniciativas conservacionistas, tanto de organizações não governamentais – ONGs quanto de órgãos governamentais, resistiram pela resiliência de seus membros e puderam fazer boas ações para a conservação da vida silvestre”, comenta. Quanto ao cuidado de se evitar a derrubada de árvores e a matança de animais, a questão é mais profunda. “O que mais me preocupa quanto à conservação da vida selvagem são a desinformação geral da população, a criação de fake news e a postura antiambiental de muitos parlamentares e empresários que lucram com a devastação do meio ambiente”, diz o docente. Para dar sustentação à preservação da vida selvagem, ele aconselha: “Repense seus hábitos. O planeta não suportará nossa forma de vida pautada no consumismo. E como dica, sugiro assistir a algum documentário de Sir David Attenborough, especialmente ‘Our Planet’, que está disponível na plataforma Netflix”, finaliza Oliveira. Informações sobre o curso de Biologia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88. |
