Dólar-cabo
A ‘Operação Câmbio, Desligo’, deflagrada ontem (3) pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal e Receita Federal, com apoio de autoridades do Uruguai, desarticulou um “grandioso esquema de movimentação de ilícitos no Brasil e no exterior”. As operações eram do tipo dólar-cabo, uma forma de movimentação paralela, sem passar pelo sistema bancário, de entrega de dinheiro em espécie, pagamento de boletos e compra e venda de cheques de comércio.
Foram expedidos 49 mandados de prisão preventiva, dos quais seis no exterior, quatro de prisão temporária e 51 de busca e apreensão. As buscas foram feitas no Uruguai e no Paraguai, nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. Até o meio-dia de ontem, tinham sido presas 30 pessoas no Brasil e três no Uruguai, naquela que os procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro consideram a maior operação da força-tarefa no estado.
Durante o mandato
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem (3) restringir o foro por prorrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, para deputados e senadores.
Por 7 votos a 4, os ministros decidiram que os parlamentares só podem responder a um processo na Corte se as infrações penais ocorreram em razão da função e cometidas durante o mandato. Caso contrário, os processos deverão ser remetidos para a primeira instância da Justiça. O placar a favor de qualquer restrição foi unânime, com 11 votos.
Inimigos do MST
O dirigente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Paulo Rodrigues afirmou que os inimigos do movimento na disputa pela Presidência nas eleições deste ano são a turma do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL).
“Inimigos nossos são a turma do Alckmin e Bolsonaro. Não eles, mas o que defendem: o neoliberalismo”, afirmou Rodrigues, durante um café de apresentação da terceira edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, no parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo.
Famosos tarados
O comediante Bill Cosby e o diretor Roman Polanski foram expulsos da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pela atribuição do Oscar.
A informação foi dada nessa quinta-feira (3) pela imprensa internacional. A Academia de Hollywood realizou uma votação interna que se traduziu em uma decisão “em acordo com os padrões de conduta” da instituição.
Na semana passada, Bill Cosby foi considerado culpado pelo crime de violação de uma mulher.
Já Roman Polanski é acusado de abusar sexualmente de três mulheres. O diretor, que em 2002 venceu o Oscar com o filme ‘O Pianista’, continua foragido da justiça, depois de ter abandonado os Estados Unidos em 1978, onde foi condenado pelo crime de abuso sexual de uma menor.