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Edinho assina Ordem de Serviço para construção das sedes do CAPS AD e CAPS 2

As duas unidades, que juntas terão o investimento de R$ 4,4 milhões, integram um pacote de 24 obras que serão custeadas pelo Governo Federal na área da Saúde em Araraquara

Em uma solenidade realizada nesta sexta-feira (28), o prefeito Edinho assinou a Ordem de Serviço para início das obras de construção das sedes próprias do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS AD) “Dr. Calil Buainain” e do Centro de Atenção Psicossocial II “Doutor Nelson Fernandes Júnior”. O ato foi realizado na unidade do CAPS II, no Jardim das Roseiras.

As duas unidades integram um pacote de 24 obras na área da Saúde em Araraquara, que serão custeadas pelo Governo Federal por meio do Ministério da Saúde, com recursos que somam mais de R$ 39 milhões.

Edinho falou sobre a importância em investir em políticas públicas voltadas para a saúde mental no município. “Eu fico muito feliz por esse momento. Essa é a quarta vez que sou prefeito de Araraquara, portanto eu acompanhei a trajetória da saúde mental na cidade. Lutamos muito para aprimorarmos a saúde mental em Araraquara e para fazermos a desospitalização na cidade, que não foi fácil. Mas hoje estou feliz de estarmos realizando um sonho. A construção de dois prédios, do CAPS AD e do Caps 2, é materializar algo que existe na qualidade das nossas equipes. A saúde mental de Araraquara carrega uma história de muitas dificuldades, porque a saúde mental ainda enfrenta o preconceito, a discriminação e muitas vezes contradições que não deveriam existir, mas eu não tenho nenhuma dúvida de que é a política pública que mais vai crescer no próximo período. A construção desses dois prédios é um passo a mais para que possamos cada vez mais melhorar a nossa estrutura e dar condições adequadas de trabalho para as nossas equipes que fazem um trabalho efetivamente brilhante de construção das políticas públicas de saúde mental na cidade de Araraquara”, frisou.

O presidente da Câmara Municipal de Araraquara, Paulo Landim (PT), destacou a importância das duas obras. “O CAPS 2 e o CAPS AD desempenham papéis fundamentais no atendimento especializado às pessoas que enfrentam o sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente pelo uso de álcool e drogas. Esses centros são locais de acolhimento, recuperação e esperança para centenas de pessoas e suas famílias”, comentou.

A secretária municipal de Saúde, Juliana Lujan, elogiou o trabalho dos profissionais que atuam com a saúde mental no município. “Agradeço a todos os trabalhadores do CAPS 2 e do CAPS AD porque são equipes que trabalham de fato contra um estigma muito forte. Vocês são aquelas pessoas que continuam na luta, continuam no convencimento, querem o paciente sempre muito próximo, discutem a questão da internação, da institucionalização, porque isso é ainda muito visto como algo bom e necessário e vocês estão sempre nesta linha de frente, acolhendo. Vocês personificam a esperança de todos aqueles que esperam por um futuro, por uma sociedade justa, inclusiva, e que não exclua alguém porque não consegue compreender as suas particularidades”, apontou.

A psiquiatra Katia Comito, que participou da implantação do CAPS, foi convidada para falar sobre a importância das obras. “O começo do CAPS foi de um aprendizado muito grande. No CAPS, a cada dia e a cada momento eu estou aprendendo algo, com a equipe, com os pacientes, com os familiares. Tenho uma alegria muito grande por saber que vamos ter um canto nosso. Será uma estrutura muito boa, muito bem feita e muito bem pensada. Tenho muito orgulho de Araraquara estar fazendo esse investimento em saúde mental. Tenho muito a agradecer”, afirmou.

A psicóloga Gláucia Cristina Dias Harteman falou em nome dos profissionais e usuários do CAPS II. “Para nós, é muito importante, em um serviço de saúde mental, pensar no acolhimento. O acolhimento começa desde o momento em que a pessoa chega na unidade. O acolhimento é feito pelas pessoas, no modo como ela é recebida, mas o espaço também acolhe, principalmente os usuários que têm transtornos mentais graves e situações de sofrimento. Por isso agradeço a todos que lutaram muito para que esse prédio saísse”, salientou.

A terapeuta ocupacional Stella Glênia Tostes Dias Figueiredo representou o CAPS AD no ato. “Estamos muito felizes com essa construção e esperamos que seja um local bem adequado para proporcionarmos momentos de muito acolhimento, muito cuidado e muita alegria junto com os nossos pacientes e familiares, que é o que importa”, ressaltou.

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços especializados de saúde destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.

O CAPS AD “Dr. Calil Buainain” foi implantado no município em maio de 2011, funcionando sempre em imóvel alugado. Desde a sua implantação, houve expressivo aumento da demanda por tratamento para dependência química. Agora, com um investimento de R$ 1.842.069,35, a sede própria oferecerá toda a estrutura necessária para melhorar ainda mais os cerca de 550 atendimentos prestados por mês na unidade.

O local oferece atendimento multidisciplinar, envolvendo médicos clínico e psiquiatra, terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticas e assistentes sociais, além de agentes operacional e administrativo. A equipe garante, entre outros serviços, acolhimento espontâneo de pacientes e familiares no plantão; grupos de acolhimento; consultas; oficinas terapêuticas; grupos de família; atendimentos individuais de psicoterapia, serviço social e cuidado intensivo e diário para os necessitados.

Já na construção da sede própria do CAPS 2 “Dr. Nelson Fernandes Junior”, serão investidos R$ 2.596.496,83. A unidade, que foi inaugurada em agosto de 2010 numa ala do antigo Asilo São Francisco, teve seu serviço aprimorado nestes quase 24 anos de existência para se adequar às mudanças nas demandas de saúde mental. Atualmente, possui 265 pacientes ativos e soma aproximadamente 500 atendimentos por mês.

O CAPS 2 também possui equipe multiprofissional, com enfermagem, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicólogos e médicos psiquiatras e clínicos. Garante atendimento para transtornos mentais graves, tais como esquizofrenias, transtorno bipolar do humor, entre outros. Oferece atendimento intensivo, no qual o paciente passa o dia na unidade, com medicação assistida, oficinas e grupos de apoio.

Os serviços que compõem as duas obra são: construção de edifício em estrutura de concreto armado e lajes pré-moldadas; cobertura em estrutura metálica, telhas cerâmicas e rufos em chapa de aço galvanizado; alvenarias em tijolos cerâmicos e divisórias sanitárias em granito; revestimentos de paredes em reboco ou revestimento em pastilhas ou placas cerâmicas depender do ambiente e conforme projeto; revestimento dos pisos e rodapés em placas cerâmicas, soleiras em granito e pisos táteis de alerta e direcionais; pisos externos em concreto e lajotas de concreto; esquadrias de madeira, principalmente as portas, e alumínio, principalmente as janelas; gradis e portões em aço galvanizado eletrofundido; instalações hidráulicas de água fria, esgoto sanitário, redes de águas pluviais, cisterna; instalações elétricas e para-raios; pintura geral; muros de divisa e fechamento; paisagismo com gramados e arborização.

As outras unidades que integram o pacote são as reformas da UPA Central, UPA da Vila Xavier, UPA do Valle Verde, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), CMSC do Jardim Paulistano, CMSC do Selmi Dei, USF da Vila Biagioni, CMSC do Cecap, USF do Adalberto Roxo, USF do Jardim Brasília, USF do Jardim Santa Lúcia II, CMSC do Santa Angelina, USF do Jardim Marivan, CMSC do Jardim Selmi Dei IV, CMS do Iguatemi, USF do Vale do Sol, USF do Assentamento Bela Vista, UBS do Hortências, CMS do Jardim América e USF Indaiá/São Rafael, além das ampliações da USF do Jardim Paraíso e do USF Assentamento Monte Alegre, e as construções da UBS do Santana e da USF do Ibirás.

Também participaram da solenidade os vereadores Alcindo Sabino (PT) e Guilherme Bianco (PCdoB); a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Jacqueline Barbosa; o chefe de Gabinete, Renato Ribeiro; a diretora executiva da Fungota, Lúcia Ortiz; João Carlos Delbon, que representou a Secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana; e Julio da Silva Ostronoff, representante da JSO Construções Eirelli, empresa responsável pela obra.

Redação

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