O prefeito de Araraquara Edinho Silva (PT) foi convocado a depor como testemunha na CPI da Covid no Rio Grande do Norte (RN). Através da Comissão Parlamentar de Inquérito, os deputados buscam explicações do Consórcio Nordeste sobre a compra frustrada de respiradores durante a pandemia. A aquisição, que não ocorreu, custou cerca de R$ 4,9 milhões ao RN por 30 respiradores e R$ 48 milhões ao Consórcio Nordeste por 300 aparelhos, sendo 60 para a Bahia e 30 por estado. A beneficiária é a empresa empresa Hempcare, que intermediou a compra com a fábrica Biogeoenergy, que recebeu metade do montante, mas nenhum aparelho foi entregue.
Doação para Araraquara
O município de Araraquara foi envolvido na investigação por conta da promessa do superintendente do Consórcio do Nordeste, Carlos Gabas, de que a intermediária Hempcare doaria 30 respiradores ao município, sob alegação de que o prefeito Edinho Silva era seu “irmão de alma” e também porque a fábrica que construiria os aparelhos, a Biogeoenergy, respresentada por Paulo de Tarso Carlos, funcionava em Araraquara. Porém, a doação nunca aconteceu.
O que diz a prefeitura:
“É mais uma tentativa de atacar a Prefeitura de Araraquara e o prefeito Edinho no debate envolvendo a pandemia. A Prefeitura de Araraquara nunca recebeu doações de respiradores. Esse fato nunca ocorreu. Todos sabem que ocorreu a intenção de doações de aparelhos por parte de uma empresa de Araraquara que iria fabricar respiradores para o Consórcio do Nordeste. A intenção de doação foi espontânea por parte da empresa, publicado nos atos oficiais, dentro da legislação, ato público. Não ocorrendo a doação, todo o processo foi revogado, também publicamente, nos atos oficiais.
É ridículo atribuir “ato de corrupção” a doação de equipamentos para enfrentar a pandemia; respiradores para atender interesse público. Se todos os “atos de corrupção” fossem equivalentes a esse, não existiria desvio de recursos públicos no Brasil.
Na verdade, o que existe, de fato, é uma tentativa desesperada do negacionismo e seus interlocutores de desgastar as medidas adotadas por Araraquara no enfrentamento à pandemia. Também é público que os negacionistas, a todo momento, tentam atacar o prefeito Edinho que se tornou símbolo de gestão nacional de valorização da ciência, da medicina, para salvar vidas na pandemia de Covid-19.
Também é público que essa medida da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte não tem nenhum amparo na legalidade. Não passa de uma tentativa de gerar fato político”, diz a nota da prefeitura.