Início Araraquara Eliana Honain recebe ‘Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania’

Eliana Honain recebe ‘Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania’

A secretária de Saúde foi premiada no sindicato dos trabalhadores da Fiocruz pela condução de Araraquara na pandemia da Covid-19

A secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, foi homenageada, nessa segunda-feira (13), com o Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania, concedido pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc-SN), em reconhecimento à condução do município na pandemia de Covid-19.
Na sua última edição, por conta da pandemia, a premiação foi virtual. Nesta edição, com a melhora da situação epidemiológica, os homenageados foram convidados para o evento presencial, realizado em tenda anexa ao Castelo da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Durante a cerimônia, Eliana Honain foi apresentada como defensora incansável do SUS e um exemplo de amor e dedicação à saúde dos cidadãos de Araraquara e de todo o Brasil. Os convidados presentes acompanharam a leitura de seu currículo e um resumo de sua política corajosa de enfrentamento da Covid-19 em Araraquara, como secretária de Saúde do governo Edinho, que fez do município uma referência no combate à pandemia.
Ela agradeceu e fez questão de dividir o prêmio com todos trabalhadores da saúde. “Esse prêmio é um reconhecimento pelo trabalho de todos aqueles que fizeram a escolha pela ciência e em defesa da vida. Recebo em nome de todos os incansáveis trabalhadores da saúde de Araraquara e em nome do governo Edinho. A luta diária e vitoriosa de Araraquara contra a pandemia é resultado de ações realizadas em conjunto, por vários setores, com a condução firme e forte do prefeito Edinho Silva e de uma equipe de saúde que tem como objetivo a defesa do SUS”, destacou. “Me sinto muito lisonjeada e emocionada por estar recebendo o prêmio Sérgio Arouca, um dos idealizadores do SUS, que é a política pública mais séria desse País e que cabe a cada um de nós, diariamente, viabilizá-la. Minha gratidão à Fiocruz, ao sindicato dos servidores da Fundação Osvaldo Cruz e também a minha homenagem e o meu reconhecimento ao trabalho de todos os gestores municipais e estaduais que tiveram que decidir sobre as ações a serem tomadas, sem o apoio e sem a condução do governo federal, que é o responsável pela política pública desse País. Minha homenagem pela iniciativa e pela coragem”, finalizou Eliana Honain, sob o aplauso dos presentes na cerimônia.
Na mesma ocasião, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz também realizou a entrega da Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos. A medalha é oferecida desde 2001 a pessoas, projetos, coletivos, movimentos sociais ou instituições que se destacaram na luta pela atenção social e defesa dos direitos humanos.
O Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania
O Prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania foi criado em 2004, com o objetivo de preservar a inquestionável obra e memória de Sergio Arouca na defesa da saúde pública no País e também valorizar ações de nossa sociedade que visem, da mesma forma, a garantia de direitos e bem-estar social.
O sanitarista Sérgio Arouca foi um dos principais teóricos e líderes do chamado “movimento sanitarista”, que mudou o tratamento da saúde pública no Brasil. A consagração do movimento veio com a Constituição de 1988, quando a saúde se tornou um direito inalienável de todos os cidadãos, como está escrito na Carta Magna: “A saúde é direito de todos e dever do Estado”.
Falecido em 2 de agosto de 2003, aos 61 anos, Arouca é reconhecido por sua produção científica e pela liderança conquistada na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). Foi presidente da Fiocruz em 1985, professor concursado da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), além de chefe do Departamento de Planejamento da Escola.
Mesmo no período de censura à imprensa por parte do governo militar, Sergio Arouca defendia o acesso de toda a população às informações científicas. Com a abertura política e a redemocratização no país, essa postura se intensificou. Quando nomeado presidente da Fiocruz, abriu as portas da instituição para a sociedade. Acreditava que os cientistas deviam participar da vida social e divulgar para os meios de comunicação suas atividades, muitas vezes financiadas pelos impostos dos próprios cidadãos.

Redação

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