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Em Araraquara, índice de testagem para coronavírus é maior que a média do país e até de outros países

Araraquara é uma das cidades do estado de São Paulo com maior índice de testagem de pacientes para diagnóstico da Covid-19, doença causada pela pandemia do novo coronavírus.

Desde o início da pandemia até dia 1º de julho, já foram feitos 8.300 testes, o que representa 3.516 testes para cada 100 mil habitantes — Araraquara tem estimativa populacional de 236.072 pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Do total de testes, 4.281 foram feitos em parceria com a Unesp (Universidade Estadual Paulista), coletados em pacientes com sintomas da doença (método RT-PCR), e 4.019 foram testes rápidos em parceria com a Uniara (Universidade de Araraquara) para detectar o percentual de pessoas que já desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus. Não estão contabilizados os exames realizados em laboratórios particulares.

Essa estatística coloca Araraquara acima da média nacional. Até o momento, o Brasil realizou 3.227.591 testes para uma população de 212.562.300 habitantes, segundo o Worldometers, site de estatísticas em tempo real. Isso significa que são 1.518 testes a cada 100 mil habitantes.

Já o estado de São Paulo, com 602.384 testes (até o dia 18 de junho, última data com atualização) e 45.919.049 de estimativa populacional, apresenta o índice de 1.312 testes por 100 mil habitantes.

O número araraquarense ainda é superior ao registrado pela Coreia do Sul, um dos países mais reconhecidos mundialmente pelo trabalho realizado desde o início da pandemia em diagnóstico e monitoramento de infectados. Por lá, o índice de testagem é de 2.528 por 100 mil habitantes (1.295.962 testes em um total de moradores de 51.269.407).

Poucos municípios do estado de São Paulo possuem testagem em massa como Araraquara. Um dos exemplos é Santos, que aplicou 44.330 testes e possui estimativa de 433.966 habitantes, o que resulta em 10.215 testes para cada 100 mil moradores.

“A testagem é muito importante para saber quem está doente e já internar preventivamente, além de deixar os seus familiares e comunicantes em observação e monitoramento. Isso reduz a transmissão da doença. Além disso, é possível saber a susceptibilidade da população, ou seja, a situação epidemiológica do município, o que inclusive serve de base para a flexibilização das atividades econômicas”, afirma a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain.

Letalidade

A ampla testagem também colabora para um diagnóstico mais exato da transmissão da Covid-19 e para um índice de letalidade mais fiel à realidade, de aproximadamente 1% a 1,5% de todos os contaminados.

No site da Fundação Seade, do Governo do Estado, Araraquara aparece entre os municípios do estado com as menores taxas de letalidade. Em números atualizados nesta quinta-feira (2), são 13 óbitos registrados em 1.023 casos confirmados, o que representa um índice de 1,2%.

Em outros municípios de mesmo porte, a estatística é maior: São Carlos tem letalidade de 2,4%, Rio Claro registrava 4,3% e Limeira tinha 3,7%.

Outro fator que contribui para a diminuição da mortalidade é a internação preventiva. Em Araraquara, a orientação do Comitê de Contingência do Coronavírus é de que pacientes positivados para a Covid-19 a partir dos 40 anos de idade fiquem internados desde o início dos sintomas para a redução do risco de complicações e, consequentemente, de óbitos.

“Quando se interna o mais precocemente as pessoas, isso evita que elas tenham grandes complicações. Isso mostra porque, quando não se faz isso, há grande incidência de internações em UTI. Na internação preventiva, os pacientes são colocados em enfermaria para serem monitorados e acompanhados”, destaca Eliana Honain.

Redação

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