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Em reunião na Câmara, diretoria da Fungota responde dúvidas sobre realização de partos

A Maternidade Gota de Leite realiza, em média, seis partos por dia

Diretores da Fundação Municipal Irene Siqueira Alves – Vovó Mocinha (Fungota), responsável pela gestão da Maternidade Gota de Leite, estiveram em reunião na Câmara Municipal, na segunda-feira (26), para apresentar esclarecimentos sobre os procedimentos utilizados nos partos realizados na unidade hospitalar.

A reunião foi agendada após a repercussão de um requerimento protocolado pelo vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos). O parlamentar fez questionamentos ao Executivo sobre a atuação da maternidade e uma possível irregularidade — a escalação de obstetrizes para atuar em partos de alto risco —, o que poderia gerar apreensão entre os moradores da cidade e da região. A Gota de Leite é referência para Araraquara e outros sete municípios.

A diretora executiva da Fungota, Lúcia Ortiz, afirmou que enfermeiros obstetras e obstetrizes estão equiparados no trabalho de assistência ao parto e sempre auxiliam em todos os partos, independentemente do grau de risco. A equivalência de atuação dessas duas categorias profissionais está expressa na Resolução nº 477/2015 do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

Obstetriz é o profissional formado em Obstetrícia que faz o acompanhamento de todas as fases da gravidez, desde o pré-natal até os cuidados pós-parto. O enfermeiro obstetra é graduado em Enfermagem e optou por realizar uma especialização na área obstétrica e ginecológica.

Segundo a Fungota, pelo menos 11 profissionais participam de um parto na Gota de Leite. Isso inclui médicos com residência em ginecologia e obstetrícia, residentes em ginecologia e obstetrícia, médicos com residência em anestesia e pediatria, enfermeiros obstetras ou obstetrizes, técnicos de enfermagem, entre outros. A formação da equipe é feita de acordo com o tipo de parto (normal ou cesariana).

A Maternidade Gota de Leite realiza, em média, seis partos por dia. Foram 2.145 durante o ano de 2023, sendo 1.301 cesarianas e 844 partos normais. A grande maioria foi feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS): 2.084. Outros 61 partos foram de convênios particulares.

Lúcia Ortiz também explicou que gestação de alto risco e parto de alto risco são coisas diferentes. Uma gestante de alto risco não necessariamente terá um parto de alto risco. Do mesmo modo, uma gestante de risco habitual pode ter um parto de alto risco. Tanto o enfermeiro obstetra quanto o obstetriz atuam na identificação de dificuldades no parto e nos posteriores encaminhamentos.

Durante a reunião, o presidente da Câmara, Paulo Landim (PT), recebeu de Lúcia Ortiz um documento impresso com a resposta oficial da Fungota ao requerimento. Estiveram presentes os vereadores que integram a Comissão de Saúde, Educação e Desenvolvimento Social — o presidente, Gerson da Farmácia (MDB), e os membros, Guilherme Bianco (PCdoB) e João Clemente (PSDB). Também participaram da reunião Alcindo Sabino (PT), Aluisio Boi (MDB), Fabi Virgílio (PT), Filipa Brunelli (PT) e Rafael de Angeli (PSDB).

Além de Lúcia Ortiz, a Fungota também esteve representada pela diretora técnica, Emanuelle Laurenti; pelo diretor técnico, Emerson Carlos; pelo diretor clínico, Ademir Sala; e pela coordenadora de enfermagem obstétrica, Natália Mazzi.

Redação

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