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Encerramento do ensino integral na escola Gilda Rocha não agrada pais de alunos 

Prefeitura alega que os alunos da EMEF Gilda Rocha passarão a ser atendidos em novas unidades, pois, o prédio atual é alugado e não tem estrutura adequada para uso escolar

Por José Augusto Chrispim

O Centro de Educação Integral da EMEF “Gilda Rocha de Melo e Souza” corre o risco de fechar em breve. Essa possibilidade deixou os pais e mães de alunos da unidade de educação preocupados e sem saber para qual escola seus filhos serão transferidos, caso ocorra o fechamento da unidade.

A escola Gilda Rocha atende atualmente 130 estudantes e é um projeto de educação integral que existe desde 2008.

Projeto tem que continuar

Andresa Oliveira Silva, que é mãe do aluno Gustavo, de 11 anos, que cursa o 6° ano da educação integral, falou à reportagem de O Imparcial sobre a sua indignação com o possível fechamento da unidade.

“Primeiro foi o caso da merenda e agora vão encerrar as atividades da escola integral e jogar os alunos divididos em escolas diferentes. O secretário de Educação alega que vão encerrar, pois, o prédio não possui acessibilidade para cadeirantes, mas, até quando vamos ser prejudicados? Até quando vão ser retirados nossos direitos? Como podemos pagar os impostos e sermos jogados assim? Nossos filhos precisam de uma escola digna, todos os dias pegam ônibus para ir e para voltar. Por que não utilizam o dinheiro do aluguel do prédio e do ônibus e constroem uma escola integral no nosso próprio bairro? Somos pobres, mas nossos filhos têm os mesmos direitos que os filhos dos ricos. Não tem como fecharem a escola assim e jogarem as crianças pra lá e pra cá. Precisamos trabalhar e ficar com a cabeça tranquila sabendo que nossos filhos têm estrutura e uma escola digna. Queremos a continuação do projeto, mesmo que seja em outro prédio, mas não podem fechar a escola assim do nada e acabar com as conquistas feitas até aqui. O projeto tira as crianças da rua, dos aparelhos eletrônicos, e deixa os pais, que precisam trabalhar, com a cabeça tranquila sabendo que eles estão sendo bem cuidados e monitorados. O prefeito precisa parar de tirar o que é bom dos pobres e das periferias, nossos filhos têm os mesmos direitos dos filhos dos ricos”, reclamou Andresa.

O que diz a Prefeitura:

A Secretaria Municipal da Educação informa que os estudantes da Educação Integral da EMEF Gilda Rocha de Mello e Souza passarão a ser atendidos em novas unidades. O prédio atual, na Vila Harmonia, é alugado e não tem estrutura adequada para uso escolar.

Os alunos serão transferidos para o CE Aléscio Gonçalves da Silva e para a Escola Municipal de Dança Iracema Nogueira, com transporte escolar garantido.

Os profissionais da unidade participarão do processo de remoção da Rede Municipal e poderão escolher nova lotação.

Estão em estudo as obras de um novo bloco da EMEF Gilda Rocha, no Jardim Indaiá, com infraestrutura adequada e ampliação de vagas.

Uma reunião com os responsáveis pelos alunos do período integral será realizada no dia 14 de outubro, às 19h30, na escola do Jardim Indaiá.

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