O estoque da rede pública municipal de saúde não possui, atualmente, fraldas geriátricas disponíveis. A informação foi obtida a partir de resposta da Prefeitura ao Requerimento nº 943/2025, de autoria do vereador Alcindo Sabino (PT).
Segundo o Executivo, 209.836 fraldas geriátricas nos tamanhos M, G e GG foram distribuídas até junho. Todos os tamanhos, no entanto, estão em falta no estoque atual. No momento, 3.900 fraldas infantis GG e EGG estão disponíveis, no total.
O Requerimento foi motivado por relatos de famílias que dizem encontrar “dificuldade para acessar esse item, essencial para o cuidado de pessoas idosas e com condições de saúde que demandam o uso contínuo de fraldas”.
De acordo com a Prefeitura, as fraldas são entregues exclusivamente pela Farmácia Central, a partir de critérios e fluxos definidos pelo Programa de Distribuição Gratuita de Fraldas Descartáveis (PDGFD). Hoje, não há fila de espera e os prazos para recebimento do item decorrem de trâmites administrativos, como envio de documentação, cadastro e retorno ao paciente, diz o documento.
Questionado sobre a regularidade no fornecimento, o governo municipal informou que houve atraso nos últimos meses. “As causas principais foram débitos oriundos de exercícios anteriores, bem como dificuldades por parte dos fornecedores em atender, de forma imediata, os elevados volumes adquiridos pela Administração”, afirma.
A resposta informa, ainda, que a gestão do estoque é acompanhada mensalmente e que medidas preventivas são adotadas para assegurar a continuidade do fornecimento. Segundo a Prefeitura, existem processos em curso, por meio de atas de registro de preços quanto por aquisições emergenciais, para evitar desabastecimento.
Emenda parlamentar
Em junho deste ano, foi aprovado o Projeto de Lei nº 176/2025, que abriu um crédito adicional especial de R$ 2.884.000 para a Atenção Básica, a Assistência Especializada e a Urgência e Emergência. “Desse valor, R$ 300 mil são provenientes do gabinete do deputado federal Guilherme Boulos [PSOL-SP] para a compra de fraldas geriátricas”, informa Alcindo. “Seguiremos fiscalizando a gestão de recursos, pois é inadmissível a falta de itens essenciais para o cuidado de quem mais precisa”, conclui.