A família de uma menina, de 11 anos, que estuda na Escola Estadual Jandyra Nery Gatti, no Jardim Imperador, registrou um Boletim de Ocorrência nessa segunda-feira (6), relatando dois casos de racismo sofridos pela estudante no interior da escola. Os familiares, que já haviam relatado os casos para a direção da escola, se sentiram constrangidos com a demora do posicionamento adotado pela direção do estabelecimento.
Segundo o Boletim de Ocorrência, o fato teria ocorrido inicialmente em abril, quando um colega do 5° ano do Ensino Fundamental escreveu um bilhete e deixou na carteira da estudante com os dizeres: “Sua macaca”.
Inconformada, a estudante teria entregado o bilhete para a professora que teria repassado para a diretora do estabelecimento para que providências fossem tomadas. Porém, a diretora não levou o assunto ao conhecimento da Secretaria Estadual da Educação.
Reincidente
O fato voltou a se repetir em maio, quando um aluno do 4° se referiu à colega como sendo uma macaca, além de compará-la com um personagem de cor negra de um jogo de vídeo game, o que levou a mãe da criança ofendida de volta à escola para conversar com a diretora, que teria prometido conversar com o aluno.
A Secretaria da Educação ao tomar ciência do que está acontecendo no interior da escola afirma repudiar qualquer ato de racismo e que essa situação foi inserida no Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar – Conviva SP e no Placon, uma ferramenta destinada a acompanhar o registro de ocorrências escolares na rede estadual.
Em nota, a Secretaria da Educação reforça que “as diretrizes da cartilha antirracismo, presente em todas as escolas da rede estadual, seguem sendo reforçadas, com estratégias pedagógicas antirracismo, com rodas de conversa, ação de conscientização e amplo diálogo na unidade escolar sobre vocabulário antirracista”.