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Estudo de aluno da Uniara sobre perfis de aprendizagem é premiado no CIC da universidade

Trabalho de Robson dos Santos Gamenha foi orientado pela professora Ana Claudia Nunciato e coorientado pela professora Mônica Pereira

Pela qualidade acadêmica de seu trabalho, o estudante do curso de Fisioterapia da Universidade de Araraquara – Uniara, Robson dos Santos Gamenha, foi premiado no XVI Congresso de Iniciação Científica – CIC da instituição, realizado no final de 2021. O estudo, intitulado “Avaliação dos Perfis de Aprendizagem de Estudantes do Segundo Ano do Curso de Fisioterapia”, foi orientado pela professora Ana Claudia Nunciato e coorientado pela professora Mônica Pereira. “A pesquisa teve como metodologia utilizar o Inventário de Kolb, um questionário sobre como as pessoas aprendem. Os resultados dos perfis de aprendizagem são localizados por esse inventário. Os principais objetivos foram entender os perfis de aprendizagem – acomodador, divergente, convergente e assimilador – dos estudantes do segundo ano de fisioterapia, e como são desenvolvidos, em sala de aula, os processos de aprendizagem, além de correlacioná-los com as estruturas cerebrais, que são mais estimuladas nesses processos”, conta Gamenha. Ele explica que os acomodadores apresentam processos de aprendizagem de forma ativa e concreta. “Já os convergentes caracterizam-se como indivíduos que possuem interesses em colocar seus saberes em situações práticas de forma objetiva; os divergentes aprendem melhor quando administram suas ideias de forma concreta, já que têm facilidade em ver situações de diferentes perspectivas, e os assimiladores são reflexivos abstratos”, completa. Trata-se, segundo o aluno, de um estudo holístico que visa a entender o aprendizado como um todo, e que aborda fatores como idade, sexo, contextos sociais e culturais aos quais os indivíduos são expostos e estímulo educacional ofertado, entre outros. “Todos esses fenômenos podem induzir a neuroplasticidade, que é a ‘arte do cérebro’ em se adaptar às experiências. Concluiu-se que a maioria dos estudantes se identificavam com o estilo convergente”, relata Gamenha. Para desenvolver sua pesquisa, ele menciona que o Inventário de Kolb foi aplicado duas vezes, “sendo a primeira antes da primeira aula teórica de neurociências e a segunda após a última e quarta aula da disciplina”. “Essas aulas tinham como conteúdo assuntos de neuroanatomia – estruturas, localização e funcionalidade. Nela, apresentamos fatores fisiológicos científicos relacionados a motivação em estudar, focar, sistema de dopamina, atividade física e boa alimentação, dentre outros fatores que influenciam no processo de aprendizagem”, detalha. Os resultados da primeira aplicação do Inventário apontaram, de acordo com o estudante, quatro acomodadores, sete convergentes, três divergentes e um assimilador, e a segunda aplicação indicou três acomodadores, sete convergentes, três divergentes e dois assimiladores. “Acredito que esse estudo possa ter um impacto sócio-educacional muito positivo. Vejo que é uma pesquisa benéfica de forma bilateral, pois mostra a importância de o docente olhar para seus alunos e entender que cada um aprende de uma forma devido às suas singularidades. Logo, a ministração de suas aulas deve tentar acolher todos os perfis. E a relevância, para o estudante, está basicamente em entender como aprende e seus principais pontos preferidos enquanto aprende, e como levar isso consigo para melhor desenvolvimento acadêmico”, destaca Gamenha, resumindo: “o benefício bilateral é que o professor verá a valorização de seu trabalho e o estudante sairá da sala de aula contemplado com o ensino ofertado”. Ele lembra que o estudo foi contemplado com uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC/CNPq da Uniara. “Não poderia encerrar esse ciclo tão importante da minha vida sem agradecer às pessoas que sempre me fortaleceram: aos meus pais e familiares, saibam que amo cada um de vocês; à minha namorada Nicoly Allana da Silva por todo apoio nesses anos de parceria; às minhas orientadoras Ana Claudia e a Mônica por toda a confiança e pelo suporte; ao meu querido e excelentíssimo amigo coordenador do curso de Fisioterapia, Carlos Roberto Grazziano, e aos meus amigos por sempre estarem ao meu lado e me mostrando, todos os dias, o verdadeiro significado da palavra ‘amizade”, declara Gamenha. Nunciato, por sua vez, elogia seu orientando e conta que o trabalho teve início, com a escrita do projeto, em 2020, “ano em que entramos na pandemia”. “Desde então, foram muitos desafios, ajustes, alterações nos grupos amostrais, enfim, um belo aprendizado para nós. O Robson, sempre muito prestativo e preocupado com a execução da sua iniciação científica, participou ativamente de todos os processos”, comenta a docente. Para ela, “esse projeto final ficou como queríamos, com um público universitário que precisa de atenção nesse momento que vivemos”. “Identificar os processos de aprendizagem pode auxiliar muito na questão de como os alunos aprendem durante as aulas da universidade. Por isso, acredito que esse trabalho ainda dará muitos frutos com sua continuidade, como uma das minhas linhas de pesquisa e em parceria com a professora Mônica”, finaliza a orientadora. Informações sobre o curso de Fisioterapia da Uniara podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br ou pelo telefone 0800 55 65 88.
Redação

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