Nos dias 20 e 21 de maio, sábado e domingo, das 9h às 18h, o Centro de Eventos de Araraquara e Região (Cear) sediará a 2ª edição da Feira de Cultura Indígena de Araraquara, que conta com a organização da Fundação Araporã de Araraquara, em parceria com a Opção Brasil, de São Caetano do Sul, com o apoio da Prefeitura de Araraquara e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do governo de São Paulo. Toda a programação é gratuita.
Grasiela Lima, coordenadora de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Araraquara e integrante da Fundação Araporã, falou sobre a importância do encontro. “Trata-se de um evento que promove o diálogo e a valorização da diversidade cultural brasileira, com a participação de mais de 70 artesãos e artesãs representantes de cerca de 20 povos indígenas que residem em aldeias e cidades paulistas. A Feira de Cultura Indígena busca, portanto, constituir-se como espaço gerador de conhecimentos e saberes tradicionais, com objetivo de promover a diversidade do patrimônio cultural dos povos originários, o reconhecimento das suas identidades étnicas e a afirmação das suas tradições culturais”, destacou.
No sábado, às 9h, será feita a abertura do evento com o ritual Toré, realizado pelos Kariri-Xocó e demais representantes dos diferentes povos indígenas presentes. Às 9h20 será composta a mesa oficial de abertura e às 9h45 terá início a mesa redonda “A Realidade dos Povos Indígenas no Estado de São Paulo: visibilidade e protagonismo”, que terá como convidados David Terena e Patrícia Fulni-ô, com mediação de Robson Rodrigues (Fundação Araporã) e Marcos Aguiar (Opção Brasil/Programa Índios na Cidade).
Às 9h30, terá início a exposição e venda de artesanato, que vai até as 17h45. Às 11h, terão início as oficinas de grafismo (com Sol Terena), canto e dança (com Lidiane Krenak) e pintura corporal (com Tamikuã Pataxó). Às 14h30 será realizada a roda de conversa “Indígenas em Contextos Urbanos: identidades invisíveis”, que terá como convidados Alex Kaimbé, Lu Ahamy, Netuno Borum Krekmum e Gercídio Pataxó, com mediação de Marcos Aguiar (Opção Brasil/Programa Índios na Cidade).
Às 16h terão início as oficinas de arco e flecha (com Elizeu Caetano), grafismo indígena (com David Terena) e confecção de artesanato (com Susilene Kaingang). O encerramento está marcado para as 18h com mais um ritual Toré realizado pelos Kariri-Xocó e representantes dos diferentes povos indígenas presentes.
O mesmo ritual Toré abrirá a programação do domingo, 21, às 9h. Das 9h30 às 17h30 haverá exposição e venda de artesanato. Às 11h terão início as oficinas de canto e dança (com Kayrrá Kariri-Xocó), confecção de brincos (Luana Guarani Ñandewa) e Maracá (com Lu Ahamy)
Às 14h30 terá início a roda de conversa “Mulheres Indígenas: trajetórias e narrativas”, com as convidadas Luana Guarani Ñandewa, Tamikuã Pataxó, Sol Terena, Dida Kariri-Xocó e Cláudia Baré, com mediação de Najara Leite (Guarani) e Grasiela Lima (Fundação Araporã).
Às 16h terão início mais oficinas: “Yamá Tumune (Vai em frente) – Valorização da Língua Indígena” com Ranulfo de Camilo (Terena); “Circuito Djaa Djaglga (Vamos Jogar Mbya?) com Awa Mbarete (Pataxó); e “Confecção de Trançados para Tiara, com Guaraci Uwewidjú (Tupi). O encerramento acontece às 18h com mais um ritual Toré realizado pelos Kariri-Xocó e representantes dos diferentes povos indígenas presentes.
As oficinas contam com 30 vagas e as inscrições estão abertas. As exposições que poderão ser conferidas no local apresentam ao público a mostra de fotos “Das Pequenas Mulheres às Anciãs na Luta Pela Terra”, por Dida Farias Kariri-Xocó, e de aquarelas “Resistência”, por Juty Oliveira (Guarani-Kaiowá).