A vereadora Felipa Brunelli (PT) se manifestou a respeito do pedido feito por seis vereadores da base do governo para que ela seja afastada do Conselho de Ética da Câmara Municipal, que investiga a denúncia de corrupção no mandato do vereador Emanoel Sponton (PP). Os vereadores alegaram imparcialidade da edil.
Veja o a vereadora diz:
“Foi protocolado na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Araraquara um pedido, assinado pelos vereadores Marcelinho, Balda, Geani Trevisoli, Enfermeiro Delmiran, Dr. Lelo e Cristiano da Silva, solicitando o meu afastamento da investigação que apura a denúncia de corrupção contra o vereador Emanuel Sponton, no caso conhecido como “rachadinhas”.
Esses vereadores alegam uma suposta parcialidade da minha parte, mas se calam diante de fatos realmente graves: o vereador investigado permanece na mesa diretora como vice-presidente da Câmara, e o atual presidente já declarou publicamente ser amigo íntimo do investigado, além de afirmar que acredita em sua inocência antes mesmo da conclusão das apurações. Isso sim é parcialidade. Isso sim compromete a credibilidade do processo.
Em nenhum momento afirmei culpa ou inocência do vereador investigado. A Comissão de Ética é composta por cinco vereadores com diferentes visões ideológicas, o que garante um trabalho sério, técnico e sem interferência político-partidária nas decisões.
Vejo essa movimentação como uma tentativa orquestrada de perseguição à minha atuação firme e combativa. Pode até ser uma tentativa de criar uma cortina de fumaça para desviar o foco da real questão: a gravidade da denúncia de corrupção que paira sobre esta Casa.
Sigo muito tranquila. Tenho plena consciência da minha ética, do meu compromisso com a verdade e, acima de tudo, do meu propósito enquanto vereadora eleita pelo povo. Não estou na Câmara para fazer amizades políticas ou agradar os poderosos. Estou aqui para representar a população de Araraquara e defender a democracia, doa a quem doer.
Aguardarei com serenidade a deliberação da Comissão de Ética quanto à minha permanência no processo. Mas deixo uma pergunta no ar:
Por que tanto medo da minha permanência na investigação?”, alegou Felipa Brunelli em nota.