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Gilmar no Carnaval

O ministro foi “homenageado” em pelo menos três novas marchinhas. Kelly, que é autor de clássicos como “Cabeleira do Zezé” e “Mulata Iê-Iê_Iê”, lançou “Alô, Alô Gilmar” (“Alô, alô Gilmar/eu to em cana,/vem me soltar…). Já os Marcheiros saíram com “Gilmar Soltou A franga” (“Gilmar soltou/Soltou a franga/Largou a “tonga”/E agora só anda de tanga…).

O grupo Orquestra Royal também vai repetir o tema com “A Dancinha da Tornozeleira” (Começou o carnaval do Gilmar/Liberou a brincadeira/Quero ver quem vai dançar/A dancinha da tornozeleira…).

A inspiração, é claro, vem dos últimos habeas corpus concedidos pelo ministro, como no caso do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho; do ex-ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues, presidente do PR; e o empresário Jacob Barata Filho, o ‘rei do ônibus’. “A gente vive uma época de polarizada, tão direita e esquerda, que o Gilmar Mendes é o único personagem que pode unir todas as tribos. Ele pode ser motivo de brincadeira para quem está de qualquer lado do embate político”, disse Thiago de Souza, um dos compositores dos Marcheiros.

Kelly enxerga potencial em Gilmar Mendes, mas diz não saber se a marchinha sobre o ministro irá se eternizar como “Cabeleira do Zezé” e outras. Para ele, o segredo do sucesso é acertar na dose da crítica. “É uma brincadeira de carnaval, não pode ofender e nem passar dos limites. A marchinha pode tudo, mas sem ser agressivo”.

Haddad suspeito

A Polícia Federal indiciou o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e funcionários de sua campanha para a Prefeitura em 2012 sob suspeita de caixa dois eleitoral. A campanha era investigada pela operação Cifra Oculta, um desdobramento da Lava Jato que apura o pagamento, pela empreiteira UTC, de dívidas da chapa do petista referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões. Segundo três delatores da Lava Jato, o ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza, o “Chico Gordo” ou “Chicão”, recebeu, por meio de gráficas ligadas a ele, R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para pagar dívidas da campanha de 2012 de Haddad. O pedido para que o dinheiro fosse entregue à gráfica foi feita pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, serviu como ponto de partida para o inquérito. Além de Haddad, foram indiciados Souza; João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT; Chico Macena, coordenador da campanha e outras três pessoas que trabalhavam para uma das gráficas investigadas. Em junho de 2017, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, São Caetano e Praia Grande. Dias depois, Souza prestou um depoimento em que disse que recebeu recursos em caixa dois da empreiteira UTC como pagamento de serviços prestados a candidatos do PT nas eleições de 2012. No entanto, negou que tais valores serviram para quitar dívida de campanha de Haddad. Em setembro de 2016, a Folha mostrou que Chicão foi alvo de ação na Justiça Eleitoral movida pelo PSDB em processo que investiga a campanha presidencial da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer em 2014. A suspeita é de que a gráfica seja uma empresa de fachada, sem capacidade de produção de material para campanha e emissora de notas frias.

Chico Gordo acusa Edinho

De acordo com postagem do site O Antagonista, Chico Gordo confessou o recebimento de dinheiro clandestino para o PT e incriminou o tesoureiro de Dilma Rousseff, Edinho Silva.

Em depoimento à PF, ele disse que “as tratativas da contratação de serviços para o Diretório Estadual do PT deu-se com o presidente estadual do partido à época, Edinho Silva.

Afirmou, então, haver emitido uma nota fiscal a posteriori, no valor de R$ 2.600.000,00 (dois milhões e seiscentos mil reais), contra o mencionado diretório”.

Redação

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