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Inflação para o primeiro quadrimestre de 2018 é a menor em 24 anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), parâmetro oficial utilizado para o cálculo da inflação no Brasil, vem apresentando quedas históricas. Segundo levantamento realizado pelo Núcleo de Economia do Sindicato do Comércio Varejista de Araraquara (Sincomercio) com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor acumulado nos primeiros quatro meses do ano ficou em 0,92%, o menor registrado desde a implantação do Plano Real, em 1994.

O índice é calculado mensalmente com base nos preços de nove grupos de produtos e serviços, considerados essenciais para grande parte da população brasileira. Os preços são coletados em diferentes regiões metropolitanas do país e em alguns municípios, resultando em índices estaduais e uma média nacional. Também existem diferentes pesos de acordo com as regiões estudadas, onde o Estado de São Paulo possui maior representatividade, 30,67% do total.

O grupo Alimentação e Bebidas possui o maior peso dentre os apurados, por ser considerado essencial e universal a todos. E este foi o principal responsável pelo controle dos preços em 2017. Enquanto o índice geral cresceu 2,76% nos últimos doze meses, valor já considerado muito baixo para o país, o grupo Alimentação e Bebidas teve uma queda de 2,11% nesse mesmo período. Atualmente, o IPCA se mantém abaixo da meta central de 4,5% definida pelo Conselho Monetário Nacional.

De acordo com Délis Magalhães, economista do Sincomercio, é importante para a população acompanhar a evolução do IPCA para verificar quanto os principais preços da economia estão aumentando ou caindo. “Uma comparação interessante a ser feita é sempre em relação aos salários. Quando a porcentagem de reajuste salarial for superior ou igual ao valor registrado pelo IPCA, significa que o aumento das remunerações está acompanhando os preços, ou seja, o poder de compra se mantém igual, mesmo que alguns itens tenham aumentado”, explica.

No entanto, quando o IPCA fica maior que o índice de reajuste salarial, significa que houve queda no poder de compra, pois os itens estão mais caros e as remunerações não cresceram o suficiente para compensar. A economista ainda ressalta que a visualização das reduções inflacionárias é por vezes “camuflada” pela resistência de queda de alguns preços de produtos essenciais, como, por exemplo, o gás de cozinha. “Se os preços se mantiverem sob controle por um maior período de tempo junto com os reajustes anuais dos salários, as alterações serão facilmente sentidas no dia a dia das pessoas”, conclui. Fonte: IBGE.

Redação

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