Início Araraquara Internos da Associação Sacrário de Amor encenam peça “O Auto da Compadecida”

Internos da Associação Sacrário de Amor encenam peça “O Auto da Compadecida”

Doze voluntários participaram da apresentação sob a orientação da professora de teatro, Gabriela Rodrigues

O último domingo (20) foi de muita emoção na Associação Sacrário de Amor, localizada na Avenida Pedro José Larocca, no Jardim Santa Adélia, em Araraquara. A Casa acolhe, atualmente, 30 homens com vício etílico ou em drogas.

Com a presença de familiares e voluntários da Associação, 12 acolhidos encenaram um trecho da peça “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, como parte final do trabalho realizado ao longo deste ano nas aulas de teatro que são realizadas com os internos sob a orientação da professora de teatro, Gabriela Rodrigues.

Gabriela relatou à reportagem de O Imparcial que desenvolve o trabalho com os internos da Associação desde abril deste ano, através de um projeto cultural das Oficinas de Artes do Município de Araraquara.

“Estamos realizando esse trabalho com cerca de 20 alunos aqui desde abril com uma aula de uma hora e meia por semana. Apesar da troca de alunos devido à entrada e saída de novos internos na Associação, conseguimos montar um grupo bom para realizarmos esse trabalho de final de ano”, destacou a professora que é formada pelo Instituto de Artes da Unesp de São Paulo.

A peça

Com duração de 30 minutos, a encenação se baseou na última parte da obra de Ariano Suassuna que também fez muito sucesso nas telas de cinema e encantou plateias por todo o país no início dos anos 2.000.  

Mostrando que estavam bem ensaiados, os 12 ‘atores’ da peça que só contou com o público masculino, agradaram a plateia formada por familiares e voluntários da Casa.

“Foi muito gratificante para nós vermos o público aplaudir a nossa apresentação. Agradeço à professora Gabriela pela oportunidade e espero que venham outros trabalhos”, comemorou Júlio César.

Acolhimento

A Associação é coordenada por Maria Lúcia Batista Akutsu, de 69 anos, que ressalta que a Casa, que hoje atende a cerca de 30 homens, não é uma clínica de recuperação, mas, um local de acolhimento que tem como tema básico da recuperação dos acolhidos a espiritualidade. “Aqui não administramos medicamentos, mas ensinamos o caminho da libertação do vício através da religiosidade”, explica Maria.

Doações

Quem puder ajudar com doações em dinheiro ou até mesmo alimentos, móveis e roupas em bom estado, devem ligar no telefone: (16) 33580225.

Redação

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