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João Renato Amorim, um apaixonado por jornais

Há algum tempo um jovem rapaz, João Renato Amorim, de 24 anos, mandou uma mensagem pelo Facebook do jornal O Imparcial, pedindo um exemplar a respeito dos 200 anos de Araraquara. Ele é um colecionador de exemplares comemorativos

Nossa reportagem resolveu saber a razão e um pouco mais sobre ele.
João é formado em Jornalismo desde 2017 pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), e costuma dizer que tem uma relação muito íntima, quase umbilical, com o jornal. “As minhas memórias de infância, principalmente, são quase todas de contato com ele, mesmo não entendendo absolutamente uma palavra sequer que estava contida, muito menos qual era a sua real função. A relação é tamanha que, creio, era uma coisa que fazia parte do destino antes de vir ao mundo, para quem acredita nessas coisas (como eu). Foi ali que começou essa relação que dura quase três décadas”.

Um brevíssimo Curriculum Vitae
João Renato Amorim nasceu na cidade de Guarulhos, segunda maior cidade do estado, no dia 23 de outubro do ano de 1993. Ele e seus pais moravam em uma casa que ficava dentro de uma empresa de dobra e corte de chapas metálicas, onde seu pai ainda trabalha há três décadas. O dono dessa fábrica era assinante do jornal “O Estado de São Paulo” e, frequentemente, seu pai levava edições do Estadão para a sua casa, incluindo a do dia que nasceu, que ganhou das mãos dele logo quando fez 18 anos. “Não sei com clareza o momento exato que tive contato com um jornal pela primeira vez, entretanto, como citado, minha primeira infância é permeada de acontecimentos em que ele esteve presente. Sinceramente, não faço a menor ideia de como tive fascínio por ele. Talvez pelas fotos e ilustrações ou pelo fato de poder me divertir, servindo de joguete após o cumprimento de suas funções. O gosto por jornal também foi um abrir de portas para que me interessasse por outros meios como revistas e livros, hábito que faço questão preservá-los, mesmo com o mundaréu de aparatos plasmáticos e tecnológicos que nos rodeiam a todo lugar e a todo instante”.

João, aliás, aproveita este espaço para dizer que, mesmo com a crescente demanda por tecnologia a qual a humanidade vem sofrendo nos últimos tempos, sobretudo no recorte de tempo da década que se transcorre, sempre haverá espaço para os meios impressos, por mais ínfimo que seja, não importando a forma ou o conteúdo. “Um fato irreversível é o perfil do público e o total quantitativo do consumidor. Entretanto, enquanto houver, em algum lugar desse planeta, alguém que ainda não trocou o hábito de se desapegar do impresso, ele estará longe do seu fim”.

Voltando à infância, com cinco anos de idade, em agosto de 1999, mudaram (ele, seus pais e um irmão que acabara de nascer) para a cidade vizinha de Arujá (não confundir com Guarujá). “A cidade era outra, mas a paixão era a mesma. E assim perdurou com o passar dos anos. Em casa e na escola, o habito de consumir jornal continuou e cresceu. Tanto que nunca tive dúvida alguma sobre qual carreira seguir no futuro: o Jornalismo. Mesmo, confesso, sendo uma pessoa com certo nível de timidez, o que no fundo é o menor dos obstáculos”.

Findo o seu ciclo escolar e passada a “temida” fase dos vestibulares, era a hora de optar pela carreira que o guiaria até o resto da vida. Ingressou no ensino superior em uma especialização ligada à Comunicação: Publicidade. “No começo, dado à similaridade que há com Jornalismo, gostei da área, mas, aos poucos, minha vocação e desejo de seguir o que sempre quis falou mais alto e tempos depois troquei para Jornalismo. Não me arrependi. Formado desde o ano passado, ainda luto pelo meu lugar ao sol, mesmo com as dificuldades a qual o ofício vem passando”.

Coleção

Além de ser um leitor contumaz, gosta de fazer coleções de jornais. Basicamente, seu acervo se divide em três grandes temas: geral, Eleições e esportes. Na parte geral estão jornais voltados a temas como fatos históricos e grandes acontecimentos. Já em Eleições, tem diversas publicações de pleitos realizados desde 2008 e em Esportes, uma das suas maiores paixões, coisas ligadas ao futebol, primordialmente, e as mais diversas modalidades. “Outro tema a qual me dediquei foram as edições comemorativas de jornais de todos os cantos do Brasil. Decidi focar mais nesse tema, que faço há três anos, aproximadamente, pois é através desses especiais produzidos que se conta uma parte significativa da História da nossa imprensa, muito recente se comparada a outras nações, inclusive latino-americanas. Só em 1808, ou seja, a “apenas” 210 anos é que o Brasil passou a contar com uma Imprensa, depois de derrubada por Dom João VI o veto imposto pela Coroa Portuguesa de produção e difusão de quaisquer publicações”.
Ao todo, João possui 71 títulos diferentes de jornais (incluindo este Imparcial) de dezesseis Unidades da Federação. “A meta é ter o máximo de periódicos possíveis de todos os estados do país (e até de outras nações), antes que o “apocalipse” ocorra, se o vier. E, como diria certa ex-governante, “quando atingir a meta, a meta é dobrar a meta” e assim por diante. Aproveito este espaço para agradecer a toda equipe d’O Imparcial, especialmente na figura de Celia Pires, pelo espaço oferecido nesta tradicional gazeta. Além disso, quero aqui deixar meus agradecimentos a todos que tiveram a paciência de ler essa simples história desse apaixonado por jornais e a todos aqueles que contribuíram para que esse amor puro, singelo e verdadeiro crescesse à medida que o tempo passasse. Também presto aqui homenagem à figura de Líbero Badaró, jornalista que, com o custo da sua vida, fez-se mártir e à qual é celebrado o dia 7 de abril, eternizado como Dia do Jornalista”.

Vale ressaltar que João Renato Amorim é formado em Jornalismo desde 2017 pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)  e colabora esporadicamente para o Jornal de Arujá. Contato: joaorenato1993@hotmail.com.

 Fotos: Arquivo Pessoal

Uma das coleções especiais do jornalista

 

Redação

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