Ladainha

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o presidente Michel Temer como investigado em um inquérito da Lava Jato no qual já são investigados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

O caso envolve o suposto favorecimento da empresa Odebrecht durante o período em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da Secretaria da Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. O Palácio do Planalto informou que não vai comentar a decisão de Fachin.

De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, atualmente MDB.

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Duas denúncias contra o senador Romero Jucá (MDB-RR) foram liberadas para julgamento pelas turmas do Supremo Tribunal Federal (STF), nas quais o parlamentar é acusado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se os ministros aceitarem a denúncia, Jucá se torna réu em dois processos, um deles instaurado a partir da Operação Zelotes.

Um dos inquéritos é relatado pelo ministro Edson Fachin. Neste, a Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Jucá de receber, supostamente, nos anos de 2010 e 2014, vantagens indevidas no montante de R$ 1.333.333, entregues mediante diversas doações do empresário Jorge Gerdau ao Diretório Nacional e ao Diretório Estadual de Roraima do MDB, visando garantir sua atuação parlamentar em prol de interesses do Grupo empresarial Gerdau.

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O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado pelo juiz Marcelo Bretas a 13 anos e 4 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Sua esposa, Adriana Ancelmo, e os operadores Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra foram sentenciados a dez anos e oito meses, oito anos e dez meses e quatro anos, respectivamente.

Condenado em outras quatro ações, Cabral soma agora 100 anos e oito meses de cadeia – no total, ele responde a 21 processos judiciais.

Ladainha da inocência

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista à AFP, divulgada nessa sexta-feira (2). Na ocasião, criticou a Justiça, a imprensa, e voltou a afirmar que será candidato à presidência da República nas próximas eleições.

Questionado sobre declarações recentes, dadas por seus aliados políticos, de que haveria até mortes caso ele fosse preso, Lula disse que “não trabalho com essa hipótese”. “Só vou discutir essa hipótese quando acontecer. (…) O que estamos vendo no Brasil nesse momento é quase um assalto ao poder, feito pelo Poder Judiciário, representado pelo Ministério Público, pela Justiça Federal de Curitiba e pela imprensa. Queremos acreditar que a Constituição seja cumprida, que todas as instituições voltem a funcionar corretamente”, avaliou.

Redação

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