Todos os postos de combustíveis do estado de São Paulo estão proibidos por lei de abastecerem os veículos além do limite automático das bombas. Em vigor desde janeiro, a normativa nº16.656/18, de autoria do deputado estadual Marcos Martins (PT), tem como objetivo preservar a saúde e o meio ambiente da exposição e contaminação pelo “benzeno” e outros gases nocivos.
“Os veículos têm uma peça dentro do tanque de combustível chamada canister que serve para filtrar as emissões de vapor liberadas pelo veículo. Ou seja, a peça basicamente é responsável por evitar que gases tóxicos cheguem ao meio ambiente. Se inundado com gasolina em excesso, ela não consegue tratar os poluentes que são liberados para o meio ambiente”, explica o engenheiro Pedro Lion.
Além de prejudicar a peça, que precisará ser trocada, o combustível no cânister faz soltar as partículas de carvão ativo que existem dentro dele, que podem acabar parando no tanque e serem sugadas pela bomba de combustível, provocando falhas ao chegar ao sistema de injeção.
Risco a saúde
O “benzeno”, gás presente na composição da gasolina, está naLINACH – Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para Humanos, criada pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS), Saúde (MS) e divulgada pelo Diário Oficial da União.
Além de prejudicar o meio ambiente e os componentes do veículo, ao abastecer além do limite da bomba, os vapores do “benzeno” se desprendem da gasolina e são expelidos no ar, colocando em risco a saúde dos próprios motoristas e principalmente dos frentistas que inalam podem inalar uma grande quantidade dos vapores.
“No manual do proprietário há a informação da capacidade máxima em que o tanque pode ser abastecido. Geralmente, esse limite é 10% inferior a real capacidade do tanque. Portanto, para se prevenir, peça para que o frentista não continue enchendo o tanque do veículo após o travamento automático da bomba de combustível. Os componentes do carro, a sua saúde e a de terceiros e o meio ambiente agradecem”, finaliza Lion.